Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil, fechamento de rodovias por todo o país vem sendo registrados deste o último domingo, quando ocorreu o segundo turno e prejudicado o mercado da soja. Devido a isso, os preços do grão começaram a cair nas principais praças do país nesta segunda-feira (31/10).
O dia foi de estresse para o mercado. Chicago, no entanto, tem reagido e fechado seu dia com bons ganhos, ainda que o dólar tenha tido uma forte baixa. Em meio a essa diferença dos formadores de preço, o valor da soja vem recuando.
Os protestos pela derrota do presidente Jair Bolsonaro tem trago preocupação para o mercado de grãos, posto que a Polícia Federal (PF) ainda tem demorado na liberação das vias. Isso somado ao feriado de finados, completa o cenário negativo.
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Veja os preços do mercado da soja no Brasil
Após a derrota de Bolsonaro nas urnas no último domingo (30), diversas manifestações e bloqueios de estradas estão sendo registradas pelo país. Isso vem prejudicando o escoamento do grão em território nacional e já começou a afetar o preço das sacas.
Em diversas praças houve queda no valor da soja. Veja:
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 184,00 para R$ 183,00
- Região das Missões: a cotação caiu de R$ 183,00 para R$ 182,00
- Porto de Rio Grande: o preço recuou de R$ 190,00 para R$ 189,00
- Cascavel (PR): o preço passou de R$ 183,50 para R$ 180,50
- Porto de Paranaguá (PR): a saca desvalorizou de R$ 190,50 para R$ 187,50
- Rondonópolis (MT): a saca caiu de R$ 171,00 para R$ 170,00
- Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 175,00
- Rio Verde (GO): a saca ficou baixou de R$ 172,50 para R$ 171,50
Mercado em Chicago
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As negociações da soja na bolsa de valores de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com os preços mais altos, o que garantiu a valorização do grão no mês de outubro, quando houve uma alta de 3,2%. Isso é resultado da boa exportação semanal do Estados Unidos e o bom desempenho do milho e do trigo.
Na semana encerrada no dia 27 de outubro, as inspeções de exportação norte-americana chegaram a 2.574.000 toneladas, conforme o que divulgou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A aposta do mercado foi em 1,925 milhão de toneladas. No entanto, na semana anterior, as inspeções da exportação de soja alcançaram 2.918.705 toneladas.
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Segundo informações da Agência Safra, a alta só não foi mais forte devido a queda do barril de petróleo e, também, em função do cenário fundamental.
No Brasil, o plantio avança sem problemas e nos Estados Unidos a colheita se encaminha para o final.
Contratos futuros
A soja em grão que deve ser entregue em novembro fechou a US$ 14,07 por bushel, com alta de 1,38% e ganho de 19,25 centavos. A posição para janeiro ficou cotada em US$ 14,19 1/2 por bushel, com ganho de 19,25 centavos de dólar ou 1,37%.
Em relação aos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,70 ou 0,63% a US$ 428,10 por tonelada. Já no óleo de soja, os contratos que vencem em dezembro fecharam a 73,21 centavos de dólar, com ganho de 1,42 centavo ou 1,97%.
Vale ressaltar que o dólar está operando em baixa, desde a abertura das operações na bolsa de valores. A moeda encerrou a sessão em baixa de 2,60%, sendo negociado a R$ 5,1640 para venda e a R$ 5,1620 para compra. No mês, o dólar comercial acumulou queda de 4,28% ante o real.