As importações brasileiras de fertilizantes atingiram o maior volume dos últimos cinco anos em 2024. Durante o ano, os portos do Brasil receberam 44,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 8,3% em relação aos 40,9 milhões registrados no ano anterior.
Conforme os divulgados na edição de janeiro do Boletim Logístico pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no porto de Paranaguá, de janeiro a dezembro de 2024, chegaram 11 milhões de toneladas, contra 10,3 milhões no mesmo período de 2023.
Importações brasileiras de fertilizantes
Pelos portos do Arco Norte, o total foi de 7,52 milhões de toneladas em 2024, comparado a 5,97 milhões no ano anterior. Por meio do porto de Santos, foram importadas 8,88 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 8,56 milhões registrados em 2023.
O Boletim Logístico também destaca que a soja, principal produto agrícola do Brasil, registrou um aumento nas exportações pelos portos do Arco Norte. Em dezembro de 2024, esses portos responderam por 34,8% das exportações do Brasil, superando os 33,8% observados no mesmo mês do ano passado.
Em relação ao mercado de fretes, o Boletim indica que na Bahia, o fluxo logístico de grãos diminuiu em comparação a novembro, com uma queda na cotação dos fretes na maioria das localidades. No Distrito Federal, as variações nos preços foram pequenas. Nos portos de Paranaguá e Santos, os fretes se mantiveram estáveis ou apresentaram pequenas flutuações.
Por sua vez, em Goiás, a demanda por fretes em Rio Verde foi baixa, o que é comum nesta época do ano, segundo as transportadoras. A cotação dos fretes caiu para a maioria das rotas, exceto para algumas específicas, como as de Cristalina e Catalão. Apesar da menor movimentação, algumas rotas tiveram dificuldade para encontrar caminhões suficientes para atender às demandas.
Já no Maranhão, não houve fretes rodoviários de soja para o porto do Itaqui ou o Terminal Ferroviário de Porto Franco em dezembro, devido à falta de estoques.
Por fim, em Minas Gerais, o setor de exportação de café, realizado por cooperativas e exportadoras, manteve os valores históricos dos fretes devido à forte demanda. No Piauí, o mercado de fretes permaneceu retraído, impactando os valores cobrados nas principais rotas do agronegócio estadual.