Uma nova lei sancionada esta semana para a modernização do parque industrial do país, deverá impulsionar a indústria em R$ 20 bilhões, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Com base na diretora de Competitividade, Economia e Estatísticas da Abimaq, Cristina Zanella, “essa é uma demanda antiga do setor e que será muito bom porque acaba dando competitividade para quem investe”.
“De alguma forma, você garante fluxo de caixa para as empresas, isso é bastante positivo e deve influenciar nas decisões de investimentos”, destacou.
Crescimento da indústria
A depreciação acelerada é um mecanismo que funciona como antecipação de receita para as empresas. Sendo assim, quando um bem de capital é adquirido, a indústria pode abater seu valor nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Já em condições normais, esse batimento é gradual e feito em até 25 anos, conforme o bem vai se depreciando. Com a depreciação prevista na nova lei, o abatimento do valor das máquinas adquiridas até 2025 poderá ser feito em apenas duas etapas, em 50% no ano em que ele for instalado ou entrar em operação, e 50% no ano seguinte.
Ao todo, o programa destinará inicialmente R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos.
“Uma crítica que a gente faz é que o recurso acabou sendo pouco, R$ 3,4 bilhões, o que deve alavancar um número ao redor de R$ 20 bilhões em investimentos. A gente gostaria que fosse até mais, dada a necessidade que o país tem hoje de investimentos. Esperamos agora que o governo divulgue logo a regulamentação, para a gente saber quais serão os setores mais beneficiados”, ressaltou Cristina Zanella.
De acordo com a Abimaq, somente em abril deste ano o setor de máquinas e equipamentos vendeu em abril R$ 18,4 bilhões, valor 20,1% inferior se comparado com o mesmo mês do ano passado.
Já no acumulado do ano, o montante até abril está em R$ 74,9% bilhões, 21,2% abaixo do mesmo período de 2023. Com base na Abimaq, as quedas estão associadas à seca, que atingiu boa parte do país no início do anos, aos juros altos e à queda no preço das commodities.
Informações extraídas da Agência Brasil.