De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações de produtos provenientes da piscicultura brasileira obteve um crescimento de 100% nos primeiros seis meses de 2022, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Os dados fazem parte do Informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, feito pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). Ao todo, as exportações arrecadaram o montante de US$ 14,3 milhões e 4.931 toneladas comercializadas externamente.
Colocando o crescimento do segmento em valores, o resultado da venda de produtos piscícolas, com os maiores valor agregado, tais como os filés congelados, apresentou um aumento de mais de 500% em valor e também na quantidade de toneladas exportadas.
Segundo a Secretaria de Pesca e Aquicultura, do Mapa, o crescimento significativo das exportações brasileiras é decorrente de diversos fatores, como por exemplo a desburocratização, a evolução no manejo e a melhoria genética e tecnificação do cultivo de peixes.
A profissionalização da cadeia produtiva e o crescimento de crédito de fomento para atividade também são pontos importantes e de extrema importância para o crescimento da piscicultura, assim como a realização de ações conjuntas de promoção comercial para o segmento.
Neste primeiro semestre de 2022, os principais destinos das exportações da piscicultura foram Estados Unidos, maior comprador; seguido pelo Canadá e pela Líbia.
Tilápia
A Tilápia é a espécie de pescado mais exportada pelo Brasil, chegando a representar 98% do faturamento total de exportações do segmento durante o mês de junho. Em valores, a arrecadação foi de US$ 14 milhões. A tilápia é um peixe originário da África.
O Paraná é o estado brasileiro com a maior exportação da espécie durante o período analisado, chegando a faturar o montante de US$ 7,4 milhões, o que representa 53% do total. Em seguida, aparecem Mato Grosso do Sul e Bahia.
Segundo dados do informativo, a categoria de tilápias inteiras congeladas ocupou a primeira posição de exportação nesse semestre, com um valor total de US$ 7 milhões. Depois, estão o filé fresco, com US$ 3,4 milhões, e o filé congelado (US$ 2,6 milhões).