Nesta terça-feira (30/11) foi publicado no Diário Oficial da União, o novo preço mínimo para a comercialização da uva industrial no Brasil. O aumento passa a vigorar a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano, estendendo-se até o dia 31 de dezembro de 2022. Desta forma, o preço mínimo será de R$ 1,31/kg para a safra de 2021/22.
Este aumento representa uma alta de 19% sobre o valor atual comercializado, que é de R$ 1,10 por quilo. Todavia, a portaria é indicada, especialmente, às regiões Sul, Sudoeste e Nordeste do país, onde a viticultura é destinada à produção de sucos, vinhos e outros derivados, com 15º glucométricos. Sendo aprovada na última quinta-feira (25), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a Portaria nº 345, leva em consideração diversos fatores determinantes para o aumento nos preços.
Fatores responsáveis pelo aumento do preço mínimo
Dentre os itens levados em conta, é possível encontrar os custos variáveis das louras e os indicadores de mercado. De acordo com um estudo elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e que ainda esta em andamento, os itens que mais causam impactos nos preços são relacionados à mão de obra e aos defensivos agrícolas.
A última safra de uvas produzidas no Brasil (safra 2020/21), foram colhidas cerca de 1,69 milhão de toneladas, sendo o Rio Grande do Sul o maior representante nacional, produzindo 56% da quantidade total, sendo seguido por Pernambuco, com 23% da produção. Tratando-se especificamente sobre o plantio para fins industrial, a estimativa é que a representação do estado do Rio Grande do Sul ultrapasse a casa dos 90%.
Por ser uma fruta que faz parte da grade de apoio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), existe o mecanismo de apoio aos produtores de uva que garante parte da receita do produtor rural, sobretudo em casos de crise de preços que podem comprometer a viabilidade econômica da atividade produtora no país.