Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores dos EUA relataram vendas de 296 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2023/2024.
O único local que os exportadores do país relataram o destino, foram as vendas de 123 mil toneladas de milho para o México.
Obrigatoriedade para os exportadores dos EUA
Em regra, os exportadores dos Estados Unidos são obrigados a informar qualquer venda de 100 mil toneladas ou mais de uma commodity feita em um único dia ou vendas de 200 mil toneladas ou mais para um mesmo destino até o dia seguinte.
Na última semana encerrada especificamente na quinta-feira (24/8), os volumes de soja, milho e trigo inspecionados em portos dos Estados Unidos aumentaram. Conforme o Departamento de Agricultura, o volume de soja aumentou 0,54%, para 322.149 toneladas, o milho 16,96%, registrando 597.144 toneladas e o trigo cresceu 25,39%, totalizando 390.364 toneladas.
Vale ressaltar que o ano comercial 2023/2024 começa em 1° de setembro de 2023.
Controle de exportação entre EUA e China
Os Estados Unidos e a China concordaram em criar um diálogo de informações sobre a aplicação do controle de exportação e um novo grupo de trabalho formal para as questões comerciais.
A “parceria”, ocorreu após reuniões entre a secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao.
Raimondo ressaltou que o diálogo de informações irá contribuir para proporcionar uma plataforma para reduzir mal-entendidos sobre as políticas de segurança nacional dos EUA. Ele ainda pontuou que não estão comprometendo ou negociando questões de segurança nacional.
“Os Estados Unidos estão empenhados em ser transparentes sobre a nossa estratégia de aplicação do controle das exportações. Para mostrar como isso é real, a primeira reunião dessa nova troca de informações será em Pequim, não vamos perder tempo”, disse.
O novo grupo de trabalho sobre questões comerciais é um mecanismo de consulta que irá envolver autoridades dos governos dos EUA e da China, além de representantes do setor privado.
Brasil deve liderar exportação de milho
Em 2023, o Brasil pode ultrapassar os EUA e se tornar o maior exportador mundial de milho. O crescimento é resultado de colheitas abundantes e a consolidação das rotas de exportação a partir dos portos do norte do Brasil.
Conforme a análise feita pela Reuters sobre o transporte de milho brasileiro, consideram que o país está finalmente a ultrapassar alguns dos estrangulamentos infra-estaduais que há muito dificultavam o transporte das colheitas para os mercados globais.
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Portanto, isso é um novo acordo de fornecimento com a China que foi anunciado em 2022, na qual sugerem que o Brasil pode estender as exportações de milho. A última conquista dos brasileiros, foi na safra 2012/2013, após uma grande seca na América do Norte.
Com a conquista, o país preencheu lacunas no mercado global em meio às interrupções pela guerra na Ucrânia, grande exportador de grãos, e pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
O esperado é que as exportações de milho do Brasil atinjam 8,8 milhões de toneladas em agosto deste ano, registrando um aumento comparado aos 6,9 milhões em relação ao mesmo período de 2022.