As exportações brasileiras de carne de frango, considerando tanto os produtos in natura quanto os processados, somaram 393,4 mil toneladas em maio, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O volume representa uma retração de 12,9% em comparação ao mesmo mês de 2024, quando foram embarcadas 451,6 mil toneladas.
Exportações de carne de frango

Em receita, os embarques do mês passado renderam US$ 741,1 milhões, valor 9,5% inferior ao obtido em maio do ano anterior, que foi de US$ 818,7 milhões.
“Mesmo com as suspensões aplicadas pelos cerca de 20 mercados, incluindo alguns dos principais destinos das exportações de carne de frango, os embarques se mantiveram próximos das 400 mil toneladas. O impacto, até aqui, foi proporcionalmente menor em relação à relevância no histórico de importações dos países com suspensões aplicadas. Esse é um indicativo de que o redirecionamento de cargas está ocorrendo como forma de manter o fluxo dos embarques no mercado internacional”, destacou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, os embarques totalizaram 2,256 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportadas 2,152 milhões de toneladas.
A receita nos cinco primeiros meses de 2025 atingiu US$ 4,234 bilhões, superando em 10,18% o valor registrado no mesmo intervalo do ano anterior (US$ 3,842 bilhões).

Entre os países que mais influenciaram o desempenho de maio estão a China, com compras de 35,8 mil toneladas (queda de 28%), a África do Sul, com 25,5 mil toneladas (-20,5%) e o México, com 16,6 mil toneladas (-18,8%). Por outro lado, as exportações para a União Europeia avançaram 46,2%, alcançando 24,8 mil toneladas no mês.
“A queda nos volumes embarcados ocorreu dentro do projetado pelo setor, considerando as suspensões decorrentes após o registro do foco de Influenza Aviária em granja comercial, situação esta que já foi resolvida. As vendas para China, África do Sul e México retraíram nos patamares esperados. No caso da União Europeia, as vendas para o mercado vinham em ritmo consideravelmente elevado, o que justifica a alta, mesmo com a autossuspensão aplicada na segunda quinzena de maio”, concluiu o presidente da ABPA, Ricardo Santin.