A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura criou nesta quarta-feira (15) o Centro de Operações de Emergência para enfrentar o Desastre Climático no Rio Grande do Sul (COI/SDA/Desastre Climático-RS). A medida foi oficializada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O objetivo do novo centro é criar um mecanismo de articulação tanto entre instituições do próprio governo quanto com entidades externas para responder aos impactos severos que as chuvas recentes têm causado na agropecuária do Sul do Brasil.
A portaria detalha que a gestão do COI ficará sob a responsabilidade da própria Secretaria de Defesa Agropecuária, que terá várias atribuições importantes.
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Deveres do Centro de Operações de Emergências
Entre as principais responsabilidades do centro estão:
- Articular-se com órgãos e entidades públicas e privadas para garantir uma resposta coordenada à emergência.
- Manter o secretário de Defesa Agropecuária atualizado sobre a evolução da situação.
- Identificar e implementar mecanismos de apoio para as unidades técnicas da Secretaria de Defesa Agropecuária, a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul e o Órgão Estadual de Defesa Agropecuária.
- Propor ao secretário de Defesa Agropecuária ações que possam otimizar a resposta à emergência, garantindo uma atuação mais eficaz e rápida diante da crise.

A criação do COI/SDA/Desastre Climático-RS reflete a urgência de uma resposta estruturada e eficiente frente aos desafios que os desastres climáticos trazem para a agropecuária, um setor vital para a economia do Brasil.
Com esta iniciativa, o Ministério da Agricultura busca minimizar os impactos adversos e garantir o suporte necessário aos agricultores e pecuaristas afetados.
Consequências das fortes chuvas

As enchentes, que até o momento deixaram 806 feridos, afetam 458 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. O número de pessoas atingidas também tem aumentado. Ao menos 20,95% da população do estado foi afetada de alguma forma pelas consequências dos temporais. São mais de 2,28 milhões de pessoas dos 10,88 milhões de habitantes do estado.
Até o momento, 76.620 pessoas e 11.932 animais silvestres e domésticos foram resgatados. Na manhã desta quinta-feira, o número de pessoas ainda fora de casa pelas cheias ultrapassou os 615,3 mil, sendo 77.199 pessoas vivendo em um dos mais de 830 abrigos no estado e mais 538,1 mil desabrigados.