O Instituto Escolhas lançou o relatório Estratégias de recuperação da vegetação nativa para o Rio Grande do Sul e em ampla escala para o Brasil.
Ao todo, somente o Rio Grande do Sul dispõe de 1,16 milhão de hectares de áreas degradadas de vegetação que podem ser recuperadas e usadas para aumentar a resiliência do estado a eventos climáticos extremos.
Recuperação de vegetação
A estimativa do relatório reúne áreas de preservação permanente e de reserva legal que foram destruídas no estado. Conforme o relatório, a maior parte, com 751,2 mil hectares está no bioma do Pampa, enquanto 414 mil hectares são de regiões de Mata Atlântica.
A recuperação dessa vegetação também está prevista nos compromissos previstos na Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC), no qual faz parte das propostas apresentadas pelo Brasil na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP2), que ocorreu em Paris no ano de 2015.
Na ocasião, os países apresentaram propostas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, reduzindo o impacto das mudanças climáticas e no total, o Brasil propôs recuperar 12 milhões de hectares de vegetação em todos os biomas até 2030.
“As iniciativas de restauração no país avançam a passos lentos e muitos aquém do necessário para o alcance da meta”, destacou
Conforme o documento, para fazer o reflorestamento dessas áreas, o relatório prevê a necessidade de aporto de R$ 228 bilhões.
“Um investimento mais que necessário para contribuir com a mitigação climática, como também com outros serviços ecossistêmicos essenciais à sustentabilidade dos agroecossistemas brasileiros, com a promoção da biodiversidade e a manutenção de recursos hídricos, do solo e dos processos ecológicos, que asseguram a estabilidade ambiental para o desenvolvimento das atividades produtivas no campo”, ressaltou o documento.
O instituto também destacou que as atividades relacionadas à recuperação florestal podem ajudar na reconstrução da economia do Rio Grande do Sul, que foi devastado pelas enchentes.
“Os planos de reconstrução do Rio Grande do Sul precisam incorporar a recuperação da vegetação nativa, que é uma infraestrutura natural para prevenir a repetição de tragédias como essa”, destacou o diretor-executivo do instituto, Sérgio Leitão.
Informações extraídas da Agência Brasil