O aquecimento das águas do Pacífico Equatorial acima da média que é provocado pelo fenômeno El Niño, já teve o seu pico máximo e deverá perder força no mês de fevereiro.
Conforme a previsão da meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno ainda deverá alcançar o superaquecimento neste mês de janeiro.
Superaquecimento provocado pelo El Niño
O fenômeno El Niño foi responsável pelas ondas de calor que afetou vários estados em 2023, ano em que foi considerado o mais quente da série histórica do Brasil.
“O que os modelos estão indicando é que o El Niño começa a perder a força a partir de fevereiro. Isso não significa que ele não atua, porque ele influencia, sim, todo o ciclo, seja no campo de chuva, de pressão, de vento. Mas já perde a força. Isso já é confirmado. A previsão é que ele termine no outro de 2024 e a gente inicie uma fase de neutralidade”, disse a meteorologia.
Já a fase neutra é quando não se tem nenhum evento do El Niño nem do La Niña, e são mantidas as condições comuns às estações. Primavera e verão são as estações quentes e que provocam mais chuvas.
“Quando a gente sai dessas estações, vai para o outono e depois para o inverno. O outono é uma fase de transição. A gente ainda vai ter, no primeiro mês, temperaturas elevadas, mas já segue para um período mais frio”, ressaltou Andrea.
Previsão do clima para 2024
Para este ano, o indicativo da previsão climática é que neste verão, especialmente nos meses de janeiro, fevereiro e março, as temperaturas vão acima da média.
Além do mais, a meteorologista relembrou que o El Niño não é o único fator que influencia na condição de tempo e na geração das ondas de calor. O atlântico também está aquecido e isso intensificou as ondas de calor em 2023.
Ela ainda destacou que todo o monitoramento das temperaturas tem de ser feitos mais próximos, pois sai escalas diferentes, sendo a previsão do tempo e previsão do clima. Andrea ainda alerta que até o fim deste mês a previsão é de chuvas.