O abate de bovinos alcançou 7,34 milhões de cabeças no 1º trimestre de 2023, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, mas 2,7% inferior em comparação com o 4º trimestre de 2022.
Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mercado de bovinos
A queda no abate de bovinos em relação ao 4º trimestre de 2023 é esperada, segundo especialistas do IBGE, por conta dos efeitos sazonais, já que no último trimestre de 2023, há o aumento do consumo de carnes com as festas e aumento de renda com o décimo terceiro.
A queda no início do ano também é relacionada à redução do consumo interno com as despesas extras como IPTU, IPVA e material escolar. Mas, o consumo no primeiro trimestre foi superior ao mesmo período do ano passado.
Em relação ao mesmo período de 2022, foram 333,04 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2023, impulsionado por aumentos em 19 das 27 Unidades da Federação (UFs).
Os aumentos mais significativos foram em Rondônia (+166,81 mil cabeças) e Mato Grosso (+83,11 mil cabeças), que continua liderando o abate de bovinos, com 16,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (10,0%).
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Abate de fêmeas
Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) ressaltam que o forte movimento de abate de fêmeas vem chamando a atenção do setor pecuário nacional. Segundo o IBGE, de janeiro a março de 2023, o abate de fêmeas no Brasil atingiu 3,26 milhões de cabeças, sendo este o maior volume desde 2019.
Esse movimento, que vem sendo verificado nos dois últimos anos, tende a ter impactos ao longo da cadeia, tanto em relação à maior oferta de carne no mercado atual, como posterior valorização dos animais de reposição.