A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nesta quinta-feira (21), em São Paulo, projeções otimistas para a avicultura e suinocultura em 2025 e 2026.
O levantamento aponta expansão na produção, aumento das exportações e maior consumo interno das principais proteínas. O setor encerra um semestre marcado pela superação de um episódio pontual de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, que havia provocado restrições temporárias em alguns mercados.
Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, o cenário agora é de retomada da normalidade, sustentado por uma demanda elevada tanto no Brasil quanto no exterior.
Avicultura e a suinocultura em 2025 e 2026

A produção de ovos deve chegar a 62 bilhões de unidades em 2025, avanço de 7,5% sobre o ano anterior. Para 2026, a projeção é de até 65 bilhões, crescimento de 4,8%.
As exportações podem alcançar 40 mil toneladas no próximo ano, mais que o dobro das 18,4 mil toneladas embarcadas em 2024. Em 2026, a previsão é de 45 mil toneladas.
O consumo per capita deve passar de 269 para 288 unidades em 2025, com novo aumento em 2026, chegando a 306 ovos por habitante. O Brasil poderá, assim, entrar pela primeira vez na lista dos dez maiores consumidores mundiais.
A produção de carne de frango deve atingir 15,4 milhões de toneladas em 2025, aumento de quase 3% frente a 2024. Para 2026, a projeção é de 15,7 milhões de toneladas.
As exportações tendem a se manter estáveis, em torno de 5,2 milhões de toneladas em 2025, com leve recuperação em 2026, quando podem chegar a 5,5 milhões.
No mercado interno, a oferta deve alcançar 10,2 milhões de toneladas em 2025, crescimento de 5,4% em relação a 2024. O consumo por habitante pode chegar a 47,8 quilos no próximo ano, mantendo-se nesse nível em 2026.
Carne suína

A suinocultura também deve registrar expansão. A produção nacional está estimada em 5,42 milhões de toneladas em 2025, alta de 2,2% em relação a 2024. Em 2026, a expectativa é de 5,55 milhões de toneladas.
As exportações devem alcançar 1,45 milhão de toneladas em 2025, crescimento de 7,2% sobre o ano anterior.
Para 2026, o número pode chegar a 1,55 milhão, avanço de 7%. O consumo interno tende a se manter estável, com média de 18,7 quilos por habitante em 2025 e 18,8 quilos em 2026.
De acordo com Santin, mesmo após os impactos sanitários enfrentados, o setor deve encerrar 2025 em expansão, sustentado pela recuperação da confiança internacional e pelo aumento do consumo interno.