Foi anunciado nessa quinta-feira (20) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. A informação foi divulgada pelo ministro da Agricultura e Pecuário, Carlos Fávaro.
A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
Febre aftosa
De acordo com o ministro da Agricultura, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compra de mercados livres da doença sem vacinação.
“O Brasil sobe para p degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais renumeradores vão estar abertos para o Brasil”, destacou Fávaro.
O ministro ainda destacou o dia como histórico, “porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação”, sendo assim, um estágio bem avançado de sanidade anima e boa defesa agropecuária.
Já a próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário da país.
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Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por pelo menos 12 meses.
Portanto, o Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado caso seja aprovado, será apresentado em maio de 2025 durante assembleia geral da entidade.
Zona livre de aftosa
Atualmente no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, mais d 244 milhões d bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, ressaltou Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.