As exportações de carne de peru do Paraná apresentaram retomada em 2025, com avanço tanto no volume embarcado quanto na receita obtida com as vendas externas.
Informações do Agrostat Brasil, sistema do Ministério da Agricultura e Pecuária, indicam que, entre janeiro e outubro, o Estado enviou ao exterior 12,2 mil toneladas da proteína, movimentando US$ 38,7 milhões.
Exportações de carne de Peru

Na comparação com o mesmo intervalo de 2024, os números representam crescimento de 12,7% no volume exportado e de 53,9% no faturamento.
Com esse desempenho, o Paraná ocupa atualmente a terceira colocação no ranking nacional do setor. Dados do Departamento de Economia Rural mostram que, em 2024, a produção estadual chegou a aproximadamente 2,4 milhões de perus.
O cenário atual contrasta com o período de retração vivido a partir de 2018, quando o fechamento de uma planta de abate no Sudoeste do Estado provocou redução na produção e levou produtores a migrarem para outras atividades, especialmente a criação de frangos de corte.
A retomada começou a se desenhar em 2021, com a reativação de uma unidade habilitada para exportar carne de peru ao México, principal destino externo da proteína brasileira.
Desde então, a atividade vem sendo reconstruída de forma gradual, com aumento da produção e recuperação de espaço no mercado.

Apesar da relevância das exportações, o consumo interno segue tendo papel central no setor. Em 2024, quase metade da carne de peru produzida no país foi destinada ao mercado doméstico, enquanto o restante teve como destino outros países. O consumo médio nacional é de 297 gramas por habitante.
A cadeia produtiva do peru também passou por transformações ao longo das últimas décadas. O tempo de criação e o peso de abate foram significativamente reduzidos em comparação ao padrão adotado até os anos 1980. Atualmente, a ave chega ao abate com cerca de cinco quilos e em um ciclo de pouco mais de 60 dias, refletindo mudanças tecnológicas e de mercado que impactaram toda a produção nacional.







