O Instituto Brasileiro de de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta segunda-feira (5/11), o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, publicação que visa mostrar o elevado potencial natural para a agricultura no país.
A pesquisa é inédita e busca classificar, interpretar e visualizar o potencial natural dos solos para a agricultura, ressaltando a posição do país como um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
O mapeamento foi elaborado considerando os recursos naturais, sobretudo solo e relevo, e como eles favorecem o setor agrícola brasileiro. Os tipos de solo foram classificados conforme a textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros.
No total, foram cinco categorias de potencial, variando de terras com muito bom potencial a terras com grandes restrições ao desenvolvimento agrícola.
Gráfico do solo. Foto: IBGE
Potencial natural para a agricultura no país
Conforme o estudo, 32% da área pesquisada apresenta boa ou muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola. Segundo o analista da pesquisa, Daniel Pontoni, isso ignifica que “sob o ponto de vista do recurso natural, como caraterísticas e tipos de solo associado ao relevo, essas áreas favorecem a agricultura, resultado que demonstra o elevado potencial para a agricultura do país”.
Outros 33% do território contam com moderada potencialidade e, estas áreas, abrangem relevos ligeiramente acidentados, que podem precisar de ações para agricultura. “Como é o caso de solos menos profundos e principalmente com problemas de fertilidade, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos”, ressalta o analista.
Já as áreas com restrições à agricultura representam apenas 21% do território, que são locais com relevos mais acidentados, problemas de fertilidade, mecanização e profundidade.
Em último lugar ficam as áreas com fortes restrições ao uso agrícola, somando 11% do território brasileiro. Os locais apresentam declividade muito acentuada e a presença de sais solúveis indesejados, além de restrições quanto à profundidade.
Neste último caso, para plantar em áreas como essas seriam necessárias ações significativas e intenção. Além disso, alguns locais também poderiam ser indicados como áreas preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente.