A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) identificou dois focos de raiva em bovinos na zona rural de São Patrício, município da região Central de Goiás.
O alerta foi realizado pelos produtores rurais, que comunicaram à agência sobre animais exibindo sintomas suspeitos, como dificuldades para caminhar, paralisia e perda de apetite.
Casos de raiva em Bovinos

Os fiscais agropecuários da Unidade Regional Rio das Almas, Antônio José Gonçalves França e Adilberto Pacheco de Araújo Júnior, deslocaram-se até a área próxima à Vila São José, onde confirmaram os sintomas nos animais e deram início ao protocolo estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com coleta de amostras para exames laboratoriais.
Durante o processo, os vizinhos indicaram outro caso suspeito, que também foi analisado. As amostras foram enviadas ao Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa (Labvet), que confirmou que os animais afetados eram uma vaca de 24 meses e um touro de 18 meses.
A Secretaria de Saúde de São Patrício foi informada, pois a raiva também é uma zoonose, podendo ser transmitida aos seres humanos.
Denise Toledo, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, reforçou a relevância do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, destacando que a notificação de casos suspeitos, a vigilância epidemiológica, a vacinação dos rebanhos e o controle de morcegos hematófagos são essenciais para a prevenção da doença.
Com base na gerente de Sanidade Animal, após a confirmação dos casos, são adotadas medidas específicas, como vacinação obrigatória dos animais nas propriedades afetadas e nas vizinhas, até 12 km de distância.
Embora São Patrício não esteja na lista de municípios com vacinação obrigatória, Denise lembra que os produtores podem vacinar seus animais a qualquer momento.
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Sintomas da doença

Os produtores devem ficar atentos sobre os diversos sintomas da doença, que entre elesincluem mudanças comportamentais, como agressividade ou excitação incomum, onde o animal pode se tornar excessivamente agitado ou atacar sem motivo.
Além disso, podem ocorrer alterações no comportamento usual, com o animal se tornando desorientado ou excessivamente dócil. Problemas neurológicos também são frequentes, como dificuldade para caminhar, mancar ou andar de forma estranha, e até paralisia, especialmente nas patas traseiras. Em casos mais graves, convulsões ou tremores podem ser observados.