A segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra febre aftosa de 2022 começa na próxima terça-feira (1°) e segue até o dia 30 de novembro.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cerca de 161 milhões de bovinos e de bubalinos deverão ser vacinados nesta etapa. A aplicação de doses nos animais segue o calendário nacional de vacinação.
Em dez estados (AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR e RN), a vacinação ocorrerá em animais de até 24 meses. Para as unidades da Federação (BA, ES, GO, MG, MS, MT, RJ, SE, SP, TO e DF), que fazem parte do Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação será para bovinos e bubalinos de todas as idades. Neste bloco serão vacinados 141 milhões de animais.
O Mapa adotou a intercalação de vacinação nos estados como forma de garantir a oferta de vacinas para manter índices satisfatórios e manter a imunidade do rebanho brasileiro.
Cuidados para a vacinação contra febre aftosa
Alguns cuidados devem ser observados para a vacinação dos animais. Segundo o Mapa, as vacinas devem ser adquiridas de revendedores autorizados e armazenadas a uma temperatura de 2°C a 8°C, desde o transporte até a aplicação. Além disso, agulhas novas devem ser usadas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal.
A pasta ainda orienta que a aplicação de vacinas deve ser feita, preferencialmente, nos horário mais frescos do dia, para a contenção adequada dos animais.
O produtor rural tem, também, a obrigação de comprovar junto à defesa agropecuária do estado a vacinação dos animais. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou presencialmente nos locais determinados pela defesa agropecuária do estado, dentro do prazo estipulado.
Zona livre de febre aftosa
Após a vacinação que ocorre no mês de novembro deste ano, setes estados brasileiros (DF, ES, GO, MT, MS, MG e TO) que compõe o Bloco IV do PE-PNEFA, suspenderão a vacinação contra febre aftosa. Serão aproximadamente 114 milhões de bovinos e bubalinos que deixarão de ser vacinados. Isso representa quase 50% do rebanho total do país.
A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país. Atualmente, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso possuem a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O Departamento de Saúde Animal do Mapa espera a evolução nos demais estados para compor o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OMS).