Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados

Vaquejada: tradição cultural movimenta mais de R$ 800 milhões por ano

Estimativa da ABVAQ aponta que a modalidade esportiva, garante emprego e renda, fortalecendo o mercado equestre.

Por Janaina Honorato
Publicado em 16/04/2023 às 14:23
Vaquejada: tradição cultural movimenta mais de R$ 800 milhões por ano.

Vaquejada: tradição cultural movimenta mais de R$ 800 milhões por ano. Foto: ABVAQ

Share on FacebookShare on Twitter

A vaquejada, considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pela Lei 13.364/2016, é uma tradição que movimenta mais de R$ 800 milhões por ano, segundo dados da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ).

A atividade é uma das 22 modalidades esportivas da Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM), que mais cresceu nos últimos anos e tem contribuído para movimentar a economia no país. Em 2022, foram realizados quase 300 eventos com premiações de mais de R$ 22 milhões.

LEIA TAMBÉM

Operação apreende carne suína imprópria e interdita abatedouro ilegal em Goiás

Operação apreende carne suína imprópria e interdita abatedouro ilegal em Goiás

Uso de silagem de inverno impulsiona a produção de leite no Sul

Uso de silagem de inverno impulsiona a produção de leite no Sul

Esporte consiste em dupla de cavaleiros derrubar um boi puxando-o pelo rabo.
Esporte consiste em dupla de cavaleiros derrubar um boi puxando-o pelo rabo. Foto: ABVAQ

A história da vaquejada

A vaquejada é uma atividade recreativa-competitiva com características de esporte, que surgiu no Nordeste Brasileiro, entre os séculos 17 e 18, a partir de certas tradições: as festas de apartação, que reuniam vaqueiros para separar as boiadas; as pegadas de boi, que capturavam animais que fugiam do rebanho; e as corridas de mourão, em que vaqueiros corriam atrás de bois nas fazendas.

Dois vaqueiros montados a cavalo precisam derrubar o boi puxando-o pelo rabo, em uma demarcação de duas faixas pintadas no chão. Um vaqueiro é responsável por direcionar o boi para o local da faixa e emparelhar o animal com o outro vaqueiro, que puxa o rabo do boi com as mãos para derrubá-lo.

  • Eventos: Congresso Brasileiro do Quarto de Milha acontece até 23 de abril, em São Paulo

Como funciona a vaquejada

As disputas são entre várias duplas, que montados em seus cavalos perseguem pela pista e tentam conduzir o boi na faixa apropriada para a prova, com dez metros de largura, desenhada na areia da pista com cal. Cada vaqueiro tem uma função: um é o batedor de esteira, o outro é o puxador.

O batedor de esteira é o encarregado de “tanger” o boi para perto do puxador no momento da disparada dos animais e pegar o rabo do boi e imediatamente passar para o colega, além de empurrar com as pernas do seu cavalo, o boi para dentro da faixa caso o boi tente levantar-se fora da faixa.

Já o puxador precisa puxar o rabo do boi e de conduzi-lo para dentro da faixa apropriada, é também quem faz quase todo o trabalho não desmerecendo o esteira.

Há ainda o juiz como árbitro na disputa entre as duplas, que fica ao alto da faixa onde o boi será colocado. Ao cair na pista, dependendo do local, pontos são somados ou não para a dupla.

Se o boi for conduzido para dentro da faixa apropriada para esse fim, com as quatro patas para o ar, ele grita para o público: “Valeu Boi”, então, soma-se pontos à dupla, se isso não acontecer, ele fala: “Zero”, a dupla não consegue somar pontos. E ganha aquele que tiver mas pontos somados.

  • Educação: Agropecuária digital e inovações tecnológicas é tema de curso online
Modalidade esportiva garante emprego e renda, fortalecendo o mercado equestre.
Modalidade esportiva garante emprego e renda, fortalecendo o mercado equestre. Foto: ABVAQ

Vaquejada como negócio

A prática se tornou um negócio de entretenimento assim como feiras e exposições agropecuárias, com geração de emprego e renda para famílias nordestinas.

“O evento tem uma contribuição social, milhares de nordestinos, através da Vaquejada, tiveram a oportunidade de mudar as suas vidas, confirmando como o esporte cresceu e se profissionalizou com regras claras asseguradas por leis que garantem o bem-estar animal nas competições. A nossa tradição cultural gera emprego, renda e movimenta a economia brasileira”, analisa Pauluca Moura, presidente da ABVAQ e vice-presidente da ABQM.

O esporte gera por ano cerca de 720 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com a ABAQ. Tanto que há mais de 20 anos, o treinador Juvenal Vieira se mudou do Espírito Santo para Pernambuco e fez da paixão uma profissão. O vaqueiro se tornou referência como domador de cavalos para vaquejada, sendo hoje dono de um dos maiores centros de treinamento do Nordeste.

“Desde criança sou apaixonado por cavalo. E foi na Vaquejada que eu consegui construir a minha história. Eu comecei como tratador, depois tive a oportunidade de correr e competir, e agora nos últimos 15 anos da minha vida, me tornei um treinador reconhecido. O cavalo pra mim é tudo. A Vaquejada mudou a minha vida e de muita gente”, afirma o domador.

A vaquejada é encarada como um grande negócio. Os organizadores começam a cobrar ingressos e o vaqueiro é reconhecido como um atleta da pista. O crescimento veio pelo fato da criação das categorias (aspirante, amador, profissional), fazendo com que a prática desse esporte se expanda.

  • Tecnologia: Embrapa desenvolve sistema de identificação animal de baixo custo para pecuária
Tags: negóciopecuáriatradição culturalvaquejada

Notícias relacionadas

Em caso raro, vaca dá à luz à três bezerros em sítio

Em caso raro, vaca dá à luz à três bezerros em sítio de Goiás 

Um fato raro chamou a atenção no meio rural de Goiás nesta semana: uma vaca deu à luz três bezerros...

Grupo criminoso do Mato Grosso é investigado suspeito de furto de novilhas em Goiás 

Grupo criminoso do Mato Grosso é investigado suspeito de furto de novilhas em Goiás 

Um grupo criminoso do Mato Grosso está sendo investigado suspeito de furto de novilhas em Goiás. De acordo com a...

Goiás inicia última vacinação obrigatória contra raiva e declaração de rebanho em maio

Goiás inicia última vacinação obrigatória contra raiva e declaração de rebanho em maio

A partir de 1º de maio, os produtores rurais de Goiás devem iniciar duas importantes obrigações, a declaração de rebanho...

Portaria estabelece regras para pesca do tubarão-azul, espécie ameaçada de extinção

Portaria estabelece regras para pesca do tubarão-azul, espécie ameaçada de extinção

Uma nova portaria publicada nesta terça-feira (22) pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e pelo Ministério do Meio Ambiente...

logomarca Agro2

Plantando ideias. Colhendo soluções.

Notícias sobre agronegócio e safras, dicas de manejo da terra e de como melhorar sua produção agropecuária.

CONHEÇA

  • Home
  • Quem somos
  • Expediente
  • Comercial
  • Podcast AGRO2
  • Contato

PRIVACIDADE

  • Política de Privacidade
  • Política de Segurança LGPD
  • Termos de Uso
  • Cookies

REDES SOCIAIS

PODCASTS

INSCREVA-SE
em nossa newsletter

© 2024 Portal AGRO2

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Últimas notícias
  • Agricultura
  • Agronegócio
  • Dicas
  • Economia
  • Meio Ambiente
  • Pecuária
  • Podcast
  • Política
  • Tecnologia
  • Contato
    • Quem somos
    • Comercial
    • LGPD
    • Política de Privacidade

© 2022 Agro2 - Plantando ideias. Colhendo soluções.