A Câmara dos Deputados instalou na tarde desta quarta-feira (17/5) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões de terras no Brasil pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), conhecida como CPI do MST.
O deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) foi eleito presidente da CPI, que indicou o deputado Ricardo Salles (PL-SP) para relator.
A chapa eleita com Zucco e Salles tem também o deputado Kim Kataguiri (União-SP) como 1º vice-presidente, o deputado delegado Fábio Costa (PP-AL) como 2º vice-presidente e o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) como 3º vice.
CPI do MST: investigação das invasões de terras
O colegiado da CPI do MST terá 120 dias para investigar o tema. O presidente Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), afirmou em post nas suas redes sociais, na tarde desta quarta-feira (17/5), que ficará esclarecido quem está por trás da escalada de invasões e que o objetivo da Comissão é levar paz aos produtores rurais.
“Esta CPI nasce com a missão de devolver paz ao campo, a partir de uma premissa básica, o cumprimento da lei e o estabelecimento da ordem, afinal de contas, o direito à propriedade está assegurado na Constituição Federal, assim como o direito de acesso à terra, desde de que cumprido todos os requisitos legais. Jamais seremos contra a reforma agrária, até porque, é assegurada a todos os brasileiros a oportunidade de acesso à propriedade, condicionada pela função social da terra”, disse Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) em discurso durante a instalação da CPI do MST.
Relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP) também publicou em suas redes sociais, na tarde desta quarta-feira (17/5), dizendo que a CPI buscará a verdade por trás do terror do campo.
“Como relator da CPI, não buscaremos um confronto parcial e ideológico aos movimentos, mas investigaremos, até o fim, quaisquer atos criminosos cometidos por quem quer que seja. O Brasil não tolera mais invasão, o terror e a extorsão das famílias no campo”, escreveu.
A CPI do MST
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou no final de abril a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar quem financia e participa das invasões no Brasil pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo informações do relatório do Observatório da Oposição, com dados da Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), nos primeiros quatro meses de 2023, 56 invasões de terra foram realizadas pelo MST, aumento de 143% em relação ao mesmo período de 2022.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) não participou da criação do MST, mas apoia as investigações da CPI que busca investigar quem financia as invasões. Na bancada são 348 parlamentares no Congresso Nacional.
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