O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou o valor dos recursos que serão disponibilizados para a complementação do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho.
Serão disponibilizados R$ 200 milhões, que deve permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação e demais investimentos e em pré-custeio e custeio.
Plano Safra 2022/23
A suplementação foi necessária porque o Plano Safra em curso, segundo o ministro, não conseguiu cumprir todas as demandas dos produtores por esse crédito.
“Ainda em janeiro, quando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante assumiu, foram liberados R$ 2.7 bilhões para investimentos, que rapidamente foram tomados, e nós começamos então a busca por complementos orçamentários. Buscamos a complementação de recursos por meio de remanejamento de outros orçamentos para que nós pudéssemos disponibilizar os valores para o Plano Safra”, explicou.
Linha de crédito em dólar
O ministro também lembrou que o sucesso da linha de crédito rural dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), construída com o Mapa, mostrou a necessidade da alocação de mais recursos para esse tipo especial financiamento.
“Com juros de 7,59% ao ano, mais variação cambial em dólar, mais baratos que do Plano Safra, sem comprometer recurso do tesouro, foi uma grande novidade com alta aptidão dos produtores”, avaliou Fávaro ao afirmar que o ajuste foi feito para contemplar os produtores e possibilitar que continuassem fazendo investimentos e se preparando para o pré-custeio até a chegada do novo Plano Safra.
Entidade do agro solicitou orçamento maior
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou um ofício, no final de março, ao Ministério da Fazenda solicitando a suplementação orçamentária de R$ 1,5 bilhão para equalização das taxas de juros dos programas oficiais de crédito rural.
A entidade explicou que, com as interrupções das linhas de investimento, logo no início da safra 2022/23, muitas operações de crédito ficaram paradas nas instituições financeiras, atrasando os investimentos em itens que são gargalos do setor como: armazenagem, irrigação e práticas de agricultura de baixo carbono.
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