Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados

Pesquisa busca identificar cultivares de soja para alimentação humana

Trabalho da APTA Regional de São Paulo pode alterar a produção do agronegócio, para consumo da população brasileira; propriedade encontrada tem benefícios nutricionais e medicinais.

Por Janaina Honorato
Publicado em 22/08/2023 às 15:31
Trabalho pode alterar a produção do agronegócio, para consumo da população brasileira.

Trabalho pode alterar a produção do agronegócio, para consumo da população brasileira. Foto: Envanto

Share on FacebookShare on Twitter

Uma pesquisa inédita busca agregar valor à soja comercializada, identificando quantidade de isoflavonas em diferentes cultivares, de várias regiões do Estado de São Paulo, para alimentação humana.

O estudo é realizado pela APTA Regional, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Os resultados mostram que uma mesma cultivar, plantada em outras localidades, pode ser direcionada a variados nichos de consumo.

LEIA TAMBÉM

Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Objetivo da pesquisa é agregar valor à soja para além dos produtos já existentes.
Objetivo da pesquisa é agregar valor à soja para além dos produtos já existentes. Foto: Envanto

Pesquisa com cultivares de soja para alimentação

O projeto busca quantificar isoflavonas, através do método de imunoensaio do tipo ELISA e, produzir uma lista de cultivares mais propícias ao consumo por crianças, por adolescentes e por mulheres na menopausa.

Evidências científicas vêm demonstrando que as isoflavonas podem trazer benefícios no controle de doenças crônicas tais como câncer, diabetes mellitus, osteoporose e doenças cardiovasculares.

“O diferencial deste estudo, para o setor produtivo, está em agregar valor à soja para o consumo humano. Esperamos, em breve, chegar com as cultivares quantificadas para fazer parte do mercado consumidor”, afirma a pesquisadora da APTA Regional de Tietê, Keila Duarte, doutora em microbiologia agrícola.

Todo o estudo incluirá relevantes informações aos consumidores, apontando se as cultivares beneficiam ou comprometem a saúde de quem consome.

“Hoje o maior desafio científico e tecnológico está em rastrear a soja consumida pela população”, diz a pesquisadora.

A pesquisa busca encontrar novas fontes do composto secundário isoflavonas, onde sua quantidade na planta depende das condições climáticas, e varia entre diferentes cultivares. Os resultados mostram que uma mesma cultivar, quando produzida em diferentes localidades, pode ser direcionada a vários nichos de consumo.

  • Política Agrícola: Vazio sanitário da soja pelo Brasil; veja calendário
Isoflavonas extraídas da soja tem propriedades nutricionais e medicinais.
Isoflavonas extraídas da soja tem propriedades nutricionais e medicinais. Foto: Envanto

Resultados da Pesquisa

A pesquisa, iniciada em 2014 com vigência até 2028, começou com uma dissertação de mestrado, sobre a produção dos anticorpos para quantificação de isoflavonas. Hoje, as análises estão sendo realizadas em diferentes locais de São Paulo.

Dentre as 27 cultivares de soja analisadas, uma colhida em Itapetininga e seis em Adamantina tinham alto teor de isoflavonas, e as 20 cultivares restantes foram semelhantes entre si.

O teor de isoflavonas foi maior nas amostras de Adamantina [maior temperatura e menor altitude] em comparação com Itapetininga [menor temperatura e maior altitude].

Consumo de soja pela população

Por conta do seu alto teor de isoflavonas, a soja pode ser indicada para usos farmacêuticos, como extração de fitoestrógenos, para tratamento de sintomas da menopausa em mulheres que não podem usar hormônios sintéticos, ou para diversos usos cosméticos.

Já os grãos de soja com baixa quantidade de isoflavonas podem ser indicados para alimentação humana, principalmente para veganos e vegetarianos [consumidores habituais de proteínas provenientes de sementes de leguminosas].

As isoflavonas, que incluem a genisteína, daidzeína e gliciteína, são fitoestrógenos com diversos usos e propriedades medicinais. Um grande número de plantas também contém estes compostos, principalmente leguminosas: ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja, e cogumelos.

Comercialmente as isoflavonas são extraídas da soja (Glycine max), rica em fitoestrógenos, principalmente a genisteína. Atividades antioxidantes, antifúngicas, anticancerígenas e estrogênicas estão entre as características dessa substância, usada para melhorar os sintomas da menopausa.

  • Tecnologia: Pesquisa dá pistas para controle da ferrugem asiática da soja
Tags: alimentaçãocultivarespesquisasoja

Notícias relacionadas

Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

A Embrapa, em parceria com outras instituições, está utilizando uma nova metodologia para mapear viveiros escavados, um modelo de produção...

Primeiro equipamento digital brasileiro mede a permeabilidade do solo

Primeiro equipamento digital brasileiro mede a permeabilidade do solo

Um novo equipamento pretende melhorar a medição da permeabilidade do solo influenciando áreas como a agricultura e a infraestrutura urbana....

Tecnologia inovadora permite monitoramento remoto da temperatura corporal de bovinos

Tecnologia inovadora permite monitoramento remoto da temperatura corporal de bovinos

A Embrapa Gado de Corte (MS) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) criaram uma tecnologia para...

Embrapa lança novas tecnologias para o mercado de agricultura digital; confira

Embrapa lança novas tecnologias para o mercado de agricultura digital; confira

A Embrapa Agricultura Digital lançou duas novas tecnologias e disponibilizou outras três para validação junto a usuários na plataforma AgroAPI,...

logomarca Agro2

Plantando ideias. Colhendo soluções.

Notícias sobre agronegócio e safras, dicas de manejo da terra e de como melhorar sua produção agropecuária.

CONHEÇA

  • Home
  • Quem somos
  • Expediente
  • Comercial
  • Podcast AGRO2
  • Contato

PRIVACIDADE

  • Política de Privacidade
  • Política de Segurança LGPD
  • Termos de Uso
  • Cookies

REDES SOCIAIS

PODCASTS

INSCREVA-SE
em nossa newsletter

© 2024 Portal AGRO2

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Últimas notícias
  • Agricultura
  • Agronegócio
  • Dicas
  • Economia
  • Meio Ambiente
  • Pecuária
  • Podcast
  • Política
  • Tecnologia
  • Contato
    • Quem somos
    • Comercial
    • LGPD
    • Política de Privacidade

© 2022 Agro2 - Plantando ideias. Colhendo soluções.