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Produção de soja no Brasil cresce mais de 1000% em 50 anos

País é referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis da cultura; Embrapa Soja já colocou no mercado 440 cultivares, que levaram a produção a todo o território brasileiro.

Por Janaina Honorato
Publicado em 07/07/2023 às 16:46
Brasil é referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis da cultura.

Brasil é referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis da cultura. Foto: Envanto

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A produção de soja no Brasil alcançou a 150 milhões de toneladas na safra 2022/23, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número mantém o país como líder mundial no cultivo do grão, seguido pelos Estados Unidos e Argentina.

O resultado vem dos investimentos de pesquisadores e agricultores, desde a década de 1970. Dados da Embrapa Soja mostram que a cultura foi a que mais cresceu no Brasil em 50 anos. De 1973 até 2023, a produção aumentou mais de 1000%, enquanto a área no mesmo período, avançou pouco mais de 400%, o que mostra o aumento de produtividade.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Embrapa Soja já colocou no mercado 440 cultivares de soja.
Embrapa Soja já colocou no mercado 440 cultivares de soja. Foto: Embrapa

Pesquisas para a produção de soja no Brasil

Produtividade, ou seja, produzir mais soja em menos espaço, que é baseada em ciência e tecnologia de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e outras instituições públicas e privadas, que permitiu que os agricultores adotassem inovações na produção agrícola brasileira.

A Embrapa Soja lidera redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da soja, reduzir os custos de produção, aumentar a renda dos produtores e colaborar com práticas que favoreçam a agricultura de baixo carbono.

“Entendemos que nossa contribuição ao agronegócio da soja coloca a Embrapa como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura em regiões tropicais”, avalia o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

Segundo o Nepomuceno, essas pesquisam permitiram tropicalizar essa cultura, transformando o Brasil de importador do grão, na década de 1970, para se tornar o maior produtor e exportador de soja no mundo.

Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal, sendo os principais produtores: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Grande parte da produção brasileira é exportada para a Ásia (com destaque para a China) e Europa, entre outras regiões do mundo.

  • Produção: Saiba quem são os agricultores que lideram a produtividade de soja no Brasil
Pesquisa levou o cultivo de soja para todo o território brasileiro.
Pesquisa levou o cultivo de soja para todo o território brasileiro. Foto: AEN-PR

Tropicalização da soja

Até a década de 1980, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e subtropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. O produtor brasileiro utilizava cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil.

“Com as pesquisas da Embrapa Soja, conseguimos romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro”, explica o pesquisador Carlos Arrabal Arias.

Segundo o pesquisador, a primeira cultivar genuinamente brasileira foi a Doko, lançada em 1980, para o Brasil Central.

A Embrapa é uma das únicas instituições que desenvolve diferentes plataformas tecnológicas em paralelo: tanto soja convencional com resistência a várias pragas e doenças, quanto soja geneticamente modificada resistente a insetos e herbicidas.

Desde 1976, a Embrapa Soja colocou no mercado aproximadamente 440 cultivares de soja. As cultivares da Embrapa Soja disponíveis no mercado podem ser acessadas aqui.

Atualmente, a Embrapa Soja faz a curadoria de um dos maiores Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) de soja do mundo. O BAG brasileiro tem mais de 65 mil acessos (tipos) de soja que guardam a variabilidade genética do grão, garantindo assim uma fonte para a busca de soluções para problemas que afetam a cultura.

  • Pesquisa: Menos de 10% da soja no Brasil é produzida com irrigação, aponta Embrapa
Tags: BrasilEmbrapa Sojapesquisaproduçãosoja

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