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Produto biológico tem potencial para controle de salmonela em aves

Pesquisa da Embrapa mostra que o protótipo de biofármaco, à base de bacteriófagos nativos do Brasil, pode representar alternativa ao uso de antibióticos.

Por Janaina Honorato
Publicado em 24/07/2023 às 15:51
O ativo biológico foi produzido a partir de três vírus capazes de infectar bactérias que são ativos do Brasil.

O ativo biológico foi produzido a partir de três vírus capazes de infectar bactérias que são ativos do Brasil. Foto: Embrapa

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A Embrapa Suínos e Aves (SC) vem desenvolvendo um protótipo de produto biofármaco à base de bacteriófagos nativos do Brasil, vírus capazes de infectar bactérias, para controlar salmonelas em aves, que causam contaminação da carne de frango e a bactéria salmonelose em humanos.

Bacteriófagos são vírus distribuídos na natureza e que atuam sobre bactérias, representando uma alternativa ao uso de antibióticos. Pesquisadores isolaram e estudaram três desses vírus e reúnem as características para controle de determinados sorotipos de salmonela.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Produto atende às exigências sanitárias da avicultura de corte.
Produto atende às exigências sanitárias da avicultura de corte. Foto: Divulgação

Produto biológico contra salmonela em aves

A pesquisa atende a uma das prioridades da produção animal, que é manter os rebanhos e plantéis livres de doenças transmitidas por alimentos, para garantir a qualidade dos produtos.

A disponibilidade de um ativo biológico, que evita ou reduz o uso de antimicrobianos e seja aplicável ao controle de salmonela na avicultura, é desejável frente à importância social e econômica da produção avícola para o País e à necessidade de uso prudente dos antimicrobianos para preservar a eficácia dos que estão disponíveis.

“Esse insumo não pretende substituir o uso terapêutico de antibióticos, mas é uma opção para reforçar o controle de salmoneloses, reduzindo o uso desnecessário de antimicrobianos”, explica pesquisadora da Embrapa, Clarissa Vaz.

Insumos biológicos à base de bacteriófagos e sua ação bactericida já é conhecida.

“O diferencial é que, se desenvolvidos produtos escalonáveis, de custo acessível, e contendo bacteriófagos adequados, a fagoterapia (uso de bacteriófagos contra infecções bacterianas) é uma possibilidade de diversificar as estratégias de controle de salmonelas aviárias”, pontua.

Outra vantagem apresentada pela pesquisadora é a de que bacteriófagos nativos são interessantes para o desenvolvimento de produtos voltados ao mercado nacional, por não introduzirem cepas exóticas na biodiversidade brasileira e apresentarem maior probabilidade de ação frente às estirpes de campo locais.

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Objetivo atual dos cientistas é finalizar o produto para inserção no mercado.
Objetivo atual dos cientistas é finalizar o produto para inserção no mercado. Foto: Embrapa

Como o produto biológico age nas aves

Os estudos levaram ao desenvolvimento do protótipo de um biofármaco que é fornecido aos frangos pela água de beber, capaz de reduzir o nível de salmonela no intestino de frangos de corte.

O produto biológico foi estudado para controle de S. Heidelberg em frangos de corte, com nicho de aplicação contra S. Enteritidis e S. Typhimurium em matrizes, que são algumas das salmoneloses mais impactantes nessas categorias avícolas.

O desafio da Embrapa agora é avançar nas etapas de desenvolvimento até a fase de produção continuada, em condições de inserção no mercado, com trabalho da Embrapa e empresas privadas.

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Tags: avesbiológicocontroleembrapaprodutosalmonela

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