O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) montou um grupo de trabalho para criar estratégias para o aperfeiçoamento de políticas públicas no combate às perdas e desperdício de alimentos.
O Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos, celebrado dia 29 de setembro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desta forma, o grupo de trabalho foi criado para contribuir com o desafio global, de reduzir o desperdício em 50% até 2030.
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De acordo com o Mapa, para alcançar o objetivo, o grupo definiu recomendações, que foram separados em cinco eixos: pesquisa, desenvolvimento, tecnologia & estatística; avaliação & monitoramento do ambiente regulatório; difusão de conceitos & comunicação; integração de políticas públicas; e integração internacional. São elas:
- Aprimorar e incentivar pesquisas e estatísticas nacionais relacionadas ao tema: perda e desperdício de alimentos;
- Uso extensivo de tecnologias existentes e novas (como irradiação) em busca da preservação de alimentos e redução de perdas;
- Fortalecer e ampliar políticas públicas para redução de perdas e desperdícios, como bancos de alimentos com centrais de abastecimento (Ceasas) e programas como o Alimenta Brasil e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
- Uma revisão regulatória para melhorar os padrões para reduzir a perda e o desperdício de alimentos;
- O engajamento pleno do Brasil nos esforços internacionais para o enfrentamento do tema buscando atingir os objetivos da FAO/ ONU.
Programas contra o desperdício de alimentos
Um levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), aponta que cerca de 30% dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados ou perdidos por ano, totalizando 1,3 bilhão de toneladas. Na América Latina, cerca de 77 milhões de toneladas foram perdidas.
Segundo o ministro do Mapa, Marcos Montes, a Embrapa e Conab já contam com programas de combate às perdas e desperdício de alimentos dentro da cadeia produtiva, como os Bancos de Alimentos, política com referência internacional.
O Ministério explica que os bancos funcionam como uma central de recepção, tratamento e distribuição de alimentos que são doados por empresas, entidades e agentes do governo, em parceria com as Centrais de Abastecimento.
“Queremos reforçar políticas públicas que aumentem a segurança alimentar e reduzam as perdas e desperdício de alimentos, utilizando a nossa agricultura familiar”, ressalta Marcos Montes.