Sem resultado
Ver todos os resultados
Sem resultado
Ver todos os resultados
Sem resultado
Ver todos os resultados

Bagaço de cana se destaca como fonte renovável estratégica para o Brasil, aponta estudo

Gerada a partir do bagaço da cana, a bioeletricidade ajuda a equilibrar o sistema elétrico durante o período seco, reduz emissões e reforça o papel do setor sucroenergético.

Por Arieny Alves
Publicado em 21/10/2025 às 08:51
Bagaço de cana se destaca como fonte renovável estratégica para o Brasil, aponta estudo

Foto: Leandro dos Santos Morais/Embrapa

Share on FacebookShare on Twitter

A geração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar vem consolidando-se como uma das principais alternativas para diversificar e fortalecer a matriz elétrica brasileira.

Essa fonte renovável tem papel essencial na redução da dependência das hidrelétricas, mais suscetíveis às variações climáticas  e garante maior estabilidade no fornecimento, especialmente durante o período seco, quando os reservatórios ficam em níveis críticos e a produção hidrelétrica diminui.

LEIA TAMBÉM

Goiás registra detecção de psilídeos contaminados pelo greening

Goiás registra detecção de psilídeos contaminados pelo greening

Recuperação de áreas degradadas mobiliza iniciativas para revitalizar solos no país

Recuperação de áreas degradadas mobiliza iniciativas para revitalizar solos no país

Geração de energia a partir da cana-de-açúcar

Cana-de-açúcar
Foto: Envato

Além de suprir o sistema elétrico nacional nesses momentos, a bioeletricidade da cana pode ser direcionada para o período noturno, funcionando como complemento à energia solar fotovoltaica, cuja geração se concentra durante o dia e enfrenta, em alguns casos, limitações de injeção na rede.

De acordo com estudo publicado na revista Renewable Energy, a bioeletricidade do bagaço apresenta uma pegada de carbono de cerca de 0,227 kg de CO₂ equivalente por kWh, valor muito inferior ao das termelétricas a diesel, que chegam a 1,06 kg.

Embora gere emissões mensuráveis, o processo não adiciona novo carbono à atmosfera: o CO₂ liberado na queima do bagaço é o mesmo absorvido anteriormente pela planta durante o seu crescimento.

No entanto, um estudo internacional liderado pela Embrapa, em parceria com a Universidade das Nações Unidas e a Universidade de Bonn (Alemanha), chama atenção para os riscos que ameaçam essa fonte estratégica. A pesquisa mostra que a produção de bioeletricidade depende de uma interação complexa entre fatores agrícolas, industriais e climáticos, sendo particularmente vulnerável a secas severas.

  • Economia: Petrobras recebe licença do Ibama para exploração na Margem Equatorial
Cana de açúcar
Foto: Envato

Entre os principais desafios apontados estão a escassez de reservatórios para captação de água da chuva, agravada pela falta de crédito e dificuldades de licenciamento ambiental e o baixo investimento em irrigação dos canaviais, o que aumenta a dependência das chuvas em um cenário de maior instabilidade climática.

Como caminhos para ampliar a resiliência do setor, o estudo recomenda a expansão da irrigação em áreas estratégicas, a modernização dos sistemas já existentes, o fortalecimento de políticas públicas de incentivo e o estímulo à inovação tecnológica.

O trabalho também reforça o papel complementar da bioeletricidade da cana em relação a outras fontes renováveis. Enquanto a energia solar é restrita ao dia e a hidrelétrica sofre com a redução dos reservatórios durante a seca, a energia proveniente da cana atinge seu pico justamente nesse período, coincidindo com a colheita da safra.

Dessa forma, o setor sucroenergético se consolida como um dos pilares da segurança energética brasileira e um aliado importante na transição para uma matriz elétrica mais limpa, diversificada e resiliente.

  • Pecuária: Mastite reduz produção e afeta lucro de propriedades leiteiras, aponta CNA
Tags: bioletrecidadeBrasilcana de açucarfonte renovávelgeração de energia

Notícias relacionadas

Brasil avança na exportação de nozes e amplia mercados na Índia

Brasil avança na exportação de nozes e amplia mercados na Índia

O governo brasileiro concluiu negociações fitossanitárias com Índia e Rússia, abrindo caminho para a exportação de nozes de macadâmia, feijão...

Mapa publica novos preços mínimos para produtos extrativos em 2026

Mapa publica novos preços mínimos para produtos extrativos em 2026

O Ministério da Agricultura e Pecuária atualizou os valores de referência utilizados na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM)...

Mapa investiga suspeita de mosca-da-carambola no Amazonas

Mapa investiga suspeita de mosca-da-carambola no Amazonas

Equipes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura identificaram, durante atividade rotineira de monitoramento, exemplares com características da...

Irrigação estratégica do trigo reduz emissões e mantém alta produtividade, aponta estudo

Irrigação estratégica do trigo reduz emissões e mantém alta produtividade, aponta estudo

Uma pesquisa conduzida pela Embrapa Cerrados (DF) apontou que ajustar o momento da irrigação estratégica do trigo pode reduzir pela...

logomarca Agro2

Plantando ideias. Colhendo soluções.

Notícias sobre agronegócio e safras, dicas de manejo da terra e de como melhorar sua produção agropecuária.

CONHEÇA

  • Home
  • Quem somos
  • Expediente
  • Comercial
  • Podcast AGRO2
  • Contato

PRIVACIDADE

  • Política de Privacidade
  • Política de Segurança LGPD
  • Termos de Uso
  • Cookies

REDES SOCIAIS

PODCASTS

INSCREVA-SE
em nossa newsletter

© 2025 Portal AGRO2

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Últimas notícias
  • Agricultura
  • Agronegócio
  • Dicas
  • Economia
  • Meio Ambiente
  • Pecuária
  • Podcast
  • Política
  • Tecnologia
  • Contato
    • Quem somos
    • Comercial
    • LGPD
    • Política de Privacidade

© 2022 Agro2 - Plantando ideias. Colhendo soluções.