Há risco de tempestades em 29 municípios de Goiás, neste sábado (25/2), segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo). O volume de chuva pode impactar a colheita de soja e plantio do milho safrinha.
A previsão foi feita com base em imagens de satélite e mostra a combinação de calor e umidade, que podem gerar pancadas de chuvas isoladas típicas de verão, com rajadas de vento e raios.
Os municípios com risco são: Adelândia, Americano do Brasil, Anicuns, Aparecida do Rio Doce, Aporé, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Cachoeira Alta, Caçu, Caiapônia, Chapadão do Céu, Doverlândia, Faina, Firminópolis, cidade de Goiás, Itajá, Itarumã, Jataí, Lagoa Santa, Matrinchã, Mineiros, Montividiu, Mundo Novo, Nova Crixás, Perolândia, Piranhas, Portelândia, Santa Rita do Araguaia e Serranópolis.
A chuva deve ser mais intensa em Serranópolis com 21,8 milímetros (mm), Chapadão do Céu (21,8 mm), Baliza (17,6 mm), Jataí (15,6 mm), Caiapônia (15,4 mm) e Mineiros (14,8 mm). A maioria deles na região sudoeste, maior produtora de grãos de Goiás.
Em várias regiões do estado, as temperaturas serão acima dos 30°C. Os termômetros podem registrar máximas elevadas em Porangatu (34ºC), Catalão (30ºC), Jataí (30ºC), Rio Verde (30ºC), Luziânia (30ºC), Itumbiara (32ºC), Santa Helena (31ºC), Ceres (32ºC), Goianésia (32ºC), Rubiataba (33ºC), Minaçu (33ºC), Flores (32ºC) e cidade de Goiás (34ºC).
Tempestades impacta colheita de Soja
A soja é o principal produto do agro produzido em Goiás. A estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é que o estado produza 16,8 milhões de toneladas na safra 2022/2023. A área plantada foi de 4,5 milhões de hectares e a produtividade estimada em 3.700 quilos por hectare.
Já para o milho segunda safra, a produção deve bater as 11,1 milhões de toneladas, em uma área de plantio de 1,7 milhão de hectares e produtividade de 6.411 quilos por hectare.
Segundo Leonardo Machado, coordenador do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), a colheita da soja no estado já chegou 20% do total de área e o plantio do milho safrinha chega a 40%.
As chuvas têm prejudicado o produtor nesse momento de colheita da soja e plantio do milho safrinha. Para ele, há regiões que os agricultores esperam só um momento de estiagem para colher e plantar.
“As condições climáticas são bastante importantes para o produtor pra que ele não tenha perdas, lembrando que ele tem até o fim de fevereiro, mais alguns dias pra fazer o plantio do milho no momento indicado para a safrinha. O produtor precisa ficar atento ao clima e aproveitar as janelas de estiagem para fazer o plantio do milho safrinha logo após a colheita da soja”, analisa Leonardo Machado.