Nesta segunda-feira (6/6) Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, afirmou que pretende aumentar o volume de crédito, destinado ao Plano Safra 2022/23, em pelo menos 20%. Apesar de afirmar a sua ideia, o presidente completa dizendo que, devido a inflação, ainda não sabe qual será a taxa de juros estipulada para o programa e que deve ser mais voltado para o plantio.
“A ideia do Banco do Brasil é crescer o volume em pelo menos 20%. Estamos estimando entre 20% de 30%. Se nós emprestamos R$ 145 bilhões nesse Plano Safra 2021/22, tranquilamente vai passar dos R$ 175 bilhões (no próximo), dado que teve inflação em todos os insumos agrícolas”, afirmou Fausto Ribeiro.
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Ainda de acordo com ele, o piso desejado estaria em cerca de R$ 175 bilhões e acrescenta dizendo que teremos um plano safra mais voltado para o plantio, visto que muitos agricultores devem adiar o investimento por conta da inflação. Segundo os cálculos feitos pelo presidente do Banco do Brasil, até o momento, este plano safra já aplicou R$140 bilhões e deve bater os R$145 milhões ainda neste mês de junho. Aproximadamente 482 mil contratos já foram firmados pela instituição financeira, onde 300 mil se enquadram no contexto do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
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Recentemente Fausto Ribeiro foi até o Planalto para debater com o Presidente Jairo Bolsonaro sobre o Plano Safra, mas a reunião precisou ser reagendada para a próxima segunda-feira (13/6). O motivo do adiamento é desconhecido até mesmo pelo presidente do Banco do Brasil. “Surgiu outra pauta com mais urgência, isso é normal”, disse Fausto, que completou afirmando que “temos até 1º de julho para conseguir identificar, estabelecer os limites, então está tudo dentro do prazo. Acredito que nada vá atrapalhar e vamos ter Plano Safra capaz de atender homem do campo”.
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A alta nos preços do próximo Plano Safra é justificada, segundo Fausto Ribeiro, pela inflação dos insumos, uma vez que os agricultores precisarão de mais recursos para investir na produção do mesmo produto produzido na Safra de 2021/22. “Com certeza, fica mais caro o crédito em função do incremento da Selic, mas a gente tem que ponderar que há boom de preço das commodities”. Para o dirigente, o boom das commodities compensa a alta dos juros e o agricultor conseguirá “arcar (em relação ao financiamento) com responsabilidade”, concluiu.