A diretoria do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniu com representantes do governo para tratar das tarifas aplicadas sobre o café.
O encontro contou com a presença do diretor-geral da entidade, Marcos Matos, e do diretor técnico, Eduardo Heron.
Tarifas aplicadas sobre o café

De acordo com Matos, Alckmin abriu a reunião pedindo um panorama atualizado do setor cafeeiro. O Cecafé apresentou um diagnóstico da cadeia produtiva nacional e internacional, com dados sobre produção, exportações e consumo nos principais países produtores e importadores.
O vice-presidente detalhou a composição das vendas brasileiras aos EUA, explicou a situação das isenções tarifárias já em vigor e destacou que o governo brasileiro mantém diálogo com o Departamento de Estado, a Secretaria de Comércio e o United States Trade Representative (USTR). As negociações integram a preparação para o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, marcado para o próximo domingo (26), na Malásia.
“Sobre o café, há duas frentes de ação: o produto se encaixar na solicitação de suspensão de todas as tarifas para produtos brasileiros, enquanto se conclui o acordo comercial bilateral; ou, não havendo essa suspensão, o café seguir na lista de isenção produto a produto, sendo incluído no anexo 2 da ordem executiva assinada pelo presidente Trump no dia 5 de setembro”, disse o diretor-geral do Cecafé.
Segundo ele, a proposta de suspensão até a conclusão do acordo bilateral já foi encaminhada ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e aos demais representantes do governo americano responsáveis pela área de comércio exterior, e agora está em fase de análise pela administração Trump.

Matos acrescenta que os Ministérios das Relações Exteriores (MRE), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Fazenda e o próprio MDIC, por meio da Câmara de Comércio Exterior (Camex), seguem empenhados nos preparativos para a reunião entre os presidentes.
“Alckmin nos informou que fez o pedido diretamente ao presidente Lula para que ele aborde essa possibilidade de suspensão até a conclusão do acordo bilateral nessa importante conversa prevista para o dia 26”, destacou.
Caso a suspensão não ocorra, Matos explica que o plano é manter o café na política de isenção produto a produto, conforme previsto na ordem executiva de 5 de setembro.