A China não importou soja dos Estados Unidos em setembro, marcando a primeira vez desde 2018 que os embarques do grão americano ficaram em zero.
O movimento ocorre em meio à disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo e à preferência crescente dos chineses por fornecedores da América do Sul.
China e importação de soja dos Estados Unidos

De acordo com dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega da China nesta segunda-feira (20), as importações americanas, que somaram 1,7 milhão de toneladas no mesmo mês do ano passado, foram substituídas por volumes maiores vindos do Brasil e da Argentina.
O recuo reflete o impacto das tarifas impostas por Pequim sobre produtos dos EUA e o esgotamento dos estoques de soja da safra anterior norte-americana.
Mesmo assim, a China registrou um total de 12,87 milhões de toneladas importadas em setembro, o segundo maior volume já observado.

Sem compras da nova safra dos Estados Unidos, o país asiático deve manter o foco nas remessas sul-americanas até novembro.
Tradicionalmente, a China concentra as compras de soja americana entre novembro e março, e a ausência dessas aquisições pode gerar um aperto no abastecimento nos próximos meses, especialmente durante a entressafra sul-americana, embora ainda não haja clareza sobre o tamanho dos estoques internos do país.
Confira mais notícias do portal:
- Meio ambiente: Chuva de meteoros Orionídeas terá pico de visibilidade no Brasil entre 21 e 23 de outubro
- Agricultura: Bagaço de cana se destaca como fonte renovável estratégica para o Brasil, aponta estudo
- Agricultura: Impactos da importação de bananas do Equador mobilizam representantes do agro