Em 2024 a tendência do agronegócio permanece sendo em bater recorde em relação as safras passadas. Conforme os dados do time de inteligência e consultoria da Biond Agro, empresa brasileira de gestão e comercialização de grãos, a colheita de soja deve ficar acima de 153 milhões de toneladas, marca alcançada no ano passado.
Na ocasião, a empresa prevê que a cultura alcance safra de R$156,7 milhões de toneladas de soja.
Safras recorde em 2024
O segundo semestre de 2023 contou com instabilidades climáticas constantes no território brasileiro, devido as fortes chuvas na região sul, ondas de calor acima de 40 graus que acometeram em diversos estados brasileiros sob a influência do fenômeno El Niño, que acabaram impactando diretamente no agronegócio no país.
“Para 2024, prevemos um crescimento de aproximadamente três milhões de toneladas, o número reflete as complexidades na execução de cultura, visto que desenvolvimento na infraestrutura do Brasil cresce a um ritmo bem menor do que a produtividade da indústria”, destacou Felipe Jordy, coordenador de inteligência e consultoria da Biond Agro.
Conforme o levantamento, o milho deve enfrentar uma situação mais complexa. A principal safra de referência na cultura do grão refere-se ao milho safrinha que é plantado logo depois da colheita da soja, contudo, as expectativas também sugerem que a safra poderá sofrer devido ao clima em sua janela produtiva, causando assim recortes na sua estimativa.
Seca no Centro-Oeste
Em relação ao clima, especialmente o Centro-Oeste, deve enfrentar seca com valores históricos. No Mato Grosso, as regiões como Sino, Sorriso, Alta Araguaia e Campo Novo do Parecis devem ser as mais afetadas.
Para um bom plantio, é necessário um solo úmido e boas chuvas na primeira fase de desenvolvimento da planta. Contudo, não estão acontecendo registros regulares de chuva em todo o país. Sendo assim, é necessário estabilidade climática e chuvas regulares para que a planta possa recuperar parte do potencial.
“Seria ideal que com a chegada da colheita, o bom clima acompanhasse as lavouras nas fazendas, desenvolvendo normalmente as plantações e assim as mercadorias possam ser escoadas sem grandes dificuldades para o portos”, disse Jordy
Já o cenário mundial para 2024, é de recomposição dos estoques dos produtos, na qual é possível prever boas recuperações na oferta da região da Argentina, saindo de uma coleira de 25 milhões de toneladas, para uma produção mais normal, de cerca de 50 milhões de toneladas de soja, tendo o milho na mesma situação.