As exportações de carne suína do Brasil tiveram um aumento de 10% em fevereiro deste ano, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, considerando todos os produtos, entre in natura e processados, as exportações atingiram 78,6 mil toneladas, em comparação com as 71,5 mil toneladas registradas no mesmo mês de 2022.
A receita gerada pelas exportações de carne suína do Brasil em fevereiro de 2023 registrou um aumento significativo de 25,4%, totalizando US$ 184,9 milhões, em comparação com os US$ 147,4 milhões arrecadados no mesmo mês do ano anterior.
Além disso, nos primeiros dois meses deste ano, as vendas de carne suína acumularam um aumento de 14,9%, com um total de 167,9 mil toneladas vendidas, em comparação com as 146,1 mil toneladas comercializadas em 2022.
No primeiro bimestre deste ano, as exportações de carne suína do Brasil geraram uma receita de US$ 397,3 milhões, representando um aumento de 28,9% em relação ao mesmo período de 2022, quando a receita foi de US$ 308,3 milhões.
De acordo com Luis Rua, diretor de mercados da ABPA, esses resultados estão de acordo com as projeções da associação, que apontam para um possível aumento de mais de 10% nas exportações ao longo de 2023.
Esse crescimento deve ser impulsionado pelas recentes aberturas de novos mercados, como o México, onde as primeiras vendas foram realizadas em fevereiro e logo estarão chegando ao país norte-americano.
China foi o principal destino da carne suína brasileira, no período
No primeiro bimestre deste ano, a China se consolidou como a maior importadora da carne suína brasileira, recebendo um total de 73,1 mil toneladas, o que representa um aumento de 37,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em segundo lugar, vem Hong Kong, com 14,9 mil toneladas (+4,9%), seguida pelo Chile, com 13,5 mil toneladas (+93,6%).
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, as vendas de carne suína para a China recuperaram um ritmo semelhante ao de 2021 desde o segundo semestre do ano passado.
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A demanda asiática, juntamente com o bom desempenho das exportações para países parceiros das Américas, como o Chile, apontam para um cenário positivo nas exportações do setor ao longo do primeiro semestre deste ano.