Todos os setores da economia do Brasil criaram 1.483.598 empregos formais em 2023. Esse saldo resultou de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. Os principais segmentos apresentaram saldos positivos: Serviços com 886.256; seguido de Comércio (276.528); Construção (158.940); Indústria (127.145) e o setor agropecuário que registrou 34.762 novas vagas de emprego geradas durante o ano.
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), informados pelo comunicado de fevereiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Vagas de emprego setor agropecuário
No período, esse acréscimo de mais de 34 mil postos de trabalho teve um saldo menor do que apresentado em 2022, quando foram gerados 63,8 mil postos. Mesmo assim, este é o sétimo ano consecutivo em que o agro apresenta saldo positivo. O último período de saldo líquido negativo foi em 2016, com uma redução de 14,2 mil empregos para o setor.
Houve geração de empregos em todas as regiões brasileiras no setor agropecuário, com maior destaque para o Nordeste que gerou 12.638 empregos, seguido pelo Centro-Oeste com 10.239; Sudeste (6.902), Sul (3.547) e Norte (3.106).
No segmento, 23 estados do país registraram saldos positivos na criação de postos de trabalho da atividade agropecuária. A Bahia liderou com a geração de 5.948 empregos; seguida por São Paulo, com saldo positivo de 5.612, e Mato Grosso, com 4.535 vagas.
Apenas quatro estados registraram saldos negativos, sendo a maior redução em Goiás, com queda de 645 postos de trabalho. Sergipe também apresentou uma redução, com 324 empregos a menos, seguido pelo Amazonas (-261) e Rio Grande do Sul (-244).
Geração de emprego por atividade agropecuária
As atividades agropecuárias que mais contribuíram com a criação de novas vagas de trabalho em 2023 foram:
- Cultivo de soja: 11.402;
- Cultivo de cana-de-açúcar: 3.975;
- Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita: 3.826;
- Produção de ovos: 2.457;
- Atividades de Pós-Colheita: 2.215.
As atividades com maior perda líquida no período foram:
- Produção de sementes certificadas, exceto de forrageiras para pasto: -6.011;
- Criação de bovinos para leite: -949;
- Produção de produtos não-madeireiros não especificados anteriormente em florestas plantadas: -722;
- Atividade de apoio à pecuária não especificadas anteriormente: -668;
- Cultivo de coco-da-baía: -461.