Um em cada quatro trabalhadores brasileiros estão no agronegócio. É que a população empregada no setor chegou a 28,5 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2023, representando uma participação do setor em 26,8% no total de ocupações da economia do país.
É um novo novo recorde da série histórica, iniciada em 2012, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Empregos agronegócio brasileiro
O número de pessoas atuando no agronegócio no terceiro trimestre deste ano cresceu 1,4% ou cerca de 396,07 mil pessoas, frente ao mesmo período do ano passado.
Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que esse resultado se dá por conta do número de pessoas ocupadas nos agrosserviços, que aumentou 8,1% ou 744,25 mil pessoas e ao emprego no segmento de insumos, que teve incremento de 9,4%, ou 26,5 mil pessoas. O avanço nos dois segmentos está ligado ao bom desempenho da produção agrícola dentro da porteira, que estimula os setores no agronegócio.
Agropecuária
A população ocupada na agropecuária, contudo, caiu 3,8% ou 333,72 mil pessoas no terceiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente puxados pelo setores de horticultura, cafeicultura, bovinocultura, produção florestal, nas atividades denominadas “outras lavouras” e outros animais.
No segmento agroindustrial, a população ocupada diminuiu em 0,9% ou cerca de 40,95 mil pessoas, por conta do reflexo das indústrias de base agrícola e pecuária, que foram influenciadas pelas quedas nas indústrias de têxteis e vestuários, de produtos e móveis de madeira, de abate de animais e de couro e calçados.
Perfil do emprego
No terceiro trimestre de 2023 frente ao mesmo período do ano anterior, observa-se que o aumento da população ocupada no agronegócio foi puxado por empregados com carteira assinada, o que evidencia alta na formalização do emprego; e também por trabalhadores com maior nível de instrução: ensino médio e superior, completo e incompleto.