A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou da reunião da Câmara Setorial das Cadeias Produtivas do Milho e Sorgo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que discutiu as estratégias para impulsionar a indústria brasileira de fertilizantes.
O evento que aconteceu na quarta-feira (7/11), teve como objetivo debater a situação de dependência do Brasil nas importações de fertilizantes e insumos utilizados nas lavouras brasileiras e traçar estratégias para o Plano Nacional de Fertilizantes.

De acordo com o Mapa, a pretenção do Plano não é tornar o Brasil autossuficiente na produção de fertilizantes, mas fomentar a indústria nacional, reduzindo as importações, o que pode gerar menor impacto no país em cenários de crise ou de falta de insumos no mercado internacional.
Além disso, dados preliminares apontam que desde 2020, quando começaram as primeiras discussões sobre o Plano Nacional de Fertilizantes, há uma tendência de incremento na produção brasileira do insumo. Tanto é que o Brasil chegou a ser reconhecido internacionalmente pelo International Fertilizer Association (IFA), por sua imediata resposta às crises recentes, como também, a disponibilidade do insumo no mercado nacional.
Além da indústria brasileira de fertilizantes, o enfezamento do milho também foi discutido

A reunião do CNA com o Mapa também debateu o complexo de enfezamento do milho, termo utilizado para designar a infecção da planta por microrganismos denominados molicutes.
Pesquisadores da Embrapa afirmam que a produção do milho se alterou ao longo das safras, tendo diferentes épocas de semeaduras, além de áreas de plantação maiores, o que acabou favorecendo epidemias de enfezamentos do milho e um significativo crescimento populacional das cigarrinhas-do-milho, que foram observadas em várias regiões produtoras brasileiras.
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Para o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira, a adoção de medidas contra esse hospedeiro é de indispensável importância, posto que as ações “englobam intervenções antes do plantio, durante o desenvolvimento da lavoura e após a colheita”, pontua.