Durante a última quarta-feira (17/11), o mercado físico do café apresentou alta nos preços. Devido ao aumento apresentado na Bolsa de Nova York (Ice Future US), os comerciantes do grão ficaram mais agitados após uma década de apreensão em relação a oferta global.
Apesar das muitas especulações, as negociações foram feitas de forma limitada mediante aos valores cotados. Em Minas Gerais foi possível encontrar a saca de café arábica bebida boa com 15% de catação por R$ 1.355,00 reais. Já no cerrado mineiro, o café arábica bebida dura com 15% de catação apresentou valores entre R$ 1.350 e R$ 1.360 reais a saca.
Na terça-feira (16/11) era possível encontrar as sacas por R$1.300 e R$ 1.310 reais respectivamente. O café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, foi encontrado na faixa de R$ 1.210 reais a saca, sendo encontrado, anteriormente, entre R$ 1.190 e R$ 1.200. O café conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou entre os R$ 805,00/810,00 a saca, contra R$ 800,00/805,00 do dia anterior.
Mercado do café em Nova York
A Ice Future US, bolsa de mercadorias de Nova York, finalizou a última quarta-feira com preços mais alto para a comercialização de café. Em mais de uma década, estes foram os valores e cotações mais altos da oferta global. Desta forma, foi possível perceber que a movimentação de mercado intensificou os ganhos no dia.
De acordo com a Safras & Mercado, os preços do café arábica se encontram em ascensão. Gil Barabach, consultor da empresa, comenta que “há a preocupação com a perda de potencial da safra brasileira. As dúvidas produtivas são grandes depois de uma florada muito bonita, para saber se ela realmente vingou, em consequência das geadas e do período de seca que as lavouras de café passaram”.
Muito tem se especulações em relação a chegada do La Ninã, os efeitos que ele terá nas safras da Colombia e do Vietnã e as mudanças climáticas. Outro ponto de preocupação se dá por conta da falta de contêiners disponíveis para o transporte e exportações, o que afeta a disponibilidade física dos grãos. Estas dificuldades prejudicam o mercado de exportações de café no Brasil e em outros países produtores.
*Com informações do Canal Rural