A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu uma nota após enchentes no Rio Grande do Sul. O documento de solidariedade aos brasileiros impactados pela forte chuva no estado foi divulgado na tarde desta sexta-feira (03).
Segundo a nota, a dor causada pela perda de vidas, moradias e comércios nos municípios gaúchos deve motivar a união de todos os entes da federação e espectros políticos na reconstrução das cidades atingidas e no atendimento às vítimas.

O documento finaliza destacando que junto a toda essa preocupação, encaminhada a assistência humanitária ao povo gaúcho, reitera-se a necessidade de proteger e salvaguardar os produtores rurais mais afetados e necessitados da região, que dependem de sua produção para o sustento de suas famílias e contribuem para a retomada da economia dos municípios afetados.
A FPA está a serviço do povo gaúcho e lutará, no Congresso Nacional, pelas medidas necessárias para o reerguimento do estado.
Balanço das enchentes
De acordo com um balanço divulgado ás 18h, pela Defesa Civil no Rio Grande do Sul, foram registrados 265 municípios afetados, 8.168 pessoas estão em abrigos e 24.080 desalojados. Também foram contabilizado 351.639 vítimas afetadas, 74 feridos e 68 desaparecidos.
O órgão diz que tem atuado para atender a população afetada e garantir a segurança das pessoas.
Forte chuva no estado
O temporal é provocado pela passagem de um ciclone extratropical pela região Sul, tem causado enchentes, destelhamento de casas, queda de árvores e quebra de pontes, sendo considerado o maior desastre natural dos últimos 40 anos no estado.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o temporal deve avançar para o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná. Entre a sexta e o decorrer do sábado (4), o sistema frontal recua de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul elevando novamente as temperaturas

Essa situação acontece após a formação de uma ampla área de baixa pressão atmosférica, juntamente com a formação e deslocamento de uma frente fria que provocam novas áreas de instabilidade.
Até o dia 5 de maio, são previstos ventos fortes com rajadas acima dos 60 km/h, ocorrência de descargas elétricas, possível queda de granizo e chuvas ainda volumosas podendo superar os 100 milímetros (mm) entre o norte do estado gaúcho e o sul de Santa Catarina.

Desde o dia 29 de abril, quando a chuva volumosa ficou estacionária sobre o Rio Grande do Sul, os volumes ficaram entre 200 mm e 300 mm em diversas áreas. Na capital do estado, Porto Alegre, o volume chegou a 258,6 mm em apenas três dias. Esse valor corresponde a mais de dois meses de chuva, quando comparado a Normal Climatológica dos meses de abril (114,4 mm) e de maio (112,8 mm).
As estações do Inmet que mais registraram chuva de 26 de abril até as 9h desta quinta (2), foram: Soledade (488,6 mm); Santa Maria (484,8 mm) e Canela (460 mm). A estação meteorológica convencional de Santa Maria teve recorde de chuva em 24h, com acumulado de 213,6 mm, no dia 1º de maio.
Essa foi a maior chuva registrada no município, em 112 anos de observação, superando o volume anterior de 182,3 mm, ocorrido em 23/06/1944. Em apenas três dias, o volume de chuva na cidade chegou a 470,7 mm, valor que corresponde três meses de chuva, conforme a média climatológica.