Entre os dias 1º e 21 de junho, o cenário climático teve efeitos distintos sobre as lavouras da safra 24/25, segundo dados do boletim de monitoramento agrícola divulgado nesta quinta-feira (26), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O levantamento abrange as principais regiões produtoras e revela impactos variados conforme o tipo de cultura e o local.
Clima seco e a safra 24/25

No Norte, no Rio Grande do Sul, na faixa Leste do Nordeste e em áreas pontuais de Santa Catarina e Paraná, os volumes de chuva foram mais expressivos.
Essa umidade favoreceu o milho segunda safra no Pará e manteve níveis adequados de água no solo do Paraná. No chamado Sealba (região que abrange partes de Sergipe, Alagoas e Bahia), as condições permitiram o plantio e o avanço do feijão e do milho terceira safra. Já no Rio Grande do Sul, o excesso de chuva prejudicou o início das culturas de inverno.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o tempo seco colaborou com a fase final de desenvolvimento e colheita do algodão e do milho segunda safra.

Os dados espectrais mostram que, apesar de atrasos em algumas áreas, as lavouras se desenvolveram bem e o ciclo foi concluído com apoio das chuvas pontuais. O Índice de Vegetação apresentou desempenho elevado, e os cultivos de inverno do Sul do país superaram resultados de anos anteriores, mesmo com as dificuldades causadas pela alta umidade.
A colheita do milho segunda safra já está em andamento em diversas regiões. Em Mato Grosso, a produtividade tem superado as previsões iniciais. No Paraná, a diminuição das chuvas ajudou a reduzir a umidade dos grãos, facilitando os trabalhos no campo.
Em Mato Grosso do Sul, o frio tem atrasado a operação. Goiás já iniciou a colheita em parte de seus municípios, com boa qualidade nos grãos. Já em Minas Gerais e São Paulo, os níveis de umidade ainda são elevados. No Maranhão, os trabalhos de colheita seguem acelerados.