O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), membro do Consórcio Antiferrugem, registrou os primeiros casos de ferrugem da soja no país, no estado do Paraná. Os municípios afetados foram Londrina e Terra Roxa, norte e oeste do estado, respectivamente.
Segundo o coordenador do Programa Grãos do IDR-Paraná, Edivan Possamai, foi identificada a presença da doença na região no última sexta-feira, 25 de novembro, em plantas em fase de desenvolvimento reprodutivo (estádio R4), semeadas em meados de setembro.
“As duas áreas foram semeadas na mesma época em áreas de sequeiro, que não tem irrigação, sendo que poucas lavouras encontram-se neste estádio de desenvolvimento no Estado do Paraná”, disse Possamai.
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Além disso o IDR-Paraná conta com uma rede de Alerta Ferrugem da soja e, na safra 2022/2023, mais de 200 coletores foram instalados em todo o estado do Paraná.
De acordo com Possamai, registros de esporos de ferrugem-asiática já haviam sido feitos após o dia 28 de outubro deste ano na mesma região, que se confirmou agora com as plantas infectadas.
Sobre a Ferrugem da soja
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A ferrugem-asiática ou ferrugem da soja, como é popularmente chamada, é a principal doença da cultura do grão. O custo médio para o controle dessa doença é estimado em cerca de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dentre algumas estratégias de manejo da doença estão o vazio sanitário, o uso de cultivares precoces e a plantação no início da época recomendada, além do uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas.
Além disso, o acompanhamento das ocorrências do tipo no país pode ser feito no site do Consórcio Antiferrugem. Ali, o produtor rural encontra todas as informações sobre a doença no Brasil.