Conforme a estimativa divulgada no Boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o PIB do agronegócio deve encerrar 2024 com uma queda de 1,7%.
Com base no boletim, mesmo a previsão apontando que o resultado seja negativo, há uma leve melhoria se comparado com a estimativa anterior, no qual previa um retração de 1,9%.
PIB do agronegócio
A queda foi impulsionada devido aos problemas climáticos, pragas e doenças que afetaram as três principais culturas, sendo a cana-de-açúcar, café e laranja.
De acordo com os dados, a cana-de-açúcar sofreu intensamente com a estiagem prolongada, que reduziu sua produtividade. Além disso, queimadas recentes destruíram vastas áreas de cultivo, agravando o cenário.
Em relação as safras de café e a laranja, o prejuízo é devido aos efeitos de extremos climáticos, como variações bruscas de temperatura e chuvas irregulares.
No caso das laranjas, houve um desafio adicional, o avanço do greening, uma das doenças mais graves que afetam as plantações cítricas. Identificada pela primeira vez em 2004 no estado de São Paulo, a enfermidade já se espalhou por todas as regiões citrícolas paulistas e chegou aos estados de Minas Gerais e Paraná, reduzindo a qualidade dos frutos e a longevidade das plantações.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o setor agropecuário deverá voltar a crescer em 2025. Sendo assim, para o PIB agropecuário está projeto um crescimento de 6%, considerando o primeiro prognóstico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para a safra de 2025.