O abate de bovinos cresceu 12,2% no terceiro trimestre deste ano com relação ao mesmo período de 2022, chegando a 8,93 milhões de cabeças.
É o maior número desde o início da série histórica da Estatística da Produção Pecuária em 1997, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Abate de bovinos no Brasil
Com relação ao segundo trimestre de 2023, o terceiro trimestre deste ano registrou crescimento de 5,5% no abate de bovinos. O desempenho se dá pelo aumento no abate de machos e, principalmente, de fêmeas. Entre 2019 e 2022, com alta do preço dos bezerros, os criadores passaram a reter as fêmeas.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o abate de fêmeas aumentou 24,6%, enquanto o de machos subiu 5,5%.
“A partir do primeiro trimestre de 2023, houve a retomada do abate desses animais e a entrada dos bovinos reproduzidos naquele período no mercado, indo para os frigoríficos”, explica o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi.
A produção de carcaças bovinas atingiu 2,38 milhões de toneladas no terceiro trimestre, um aumento de 10% no ano.
Abate de suínos
A quantidade de suínos abatidos no país também atingiu o maior patamar da série iniciada em 1997, alcançando 14,62 milhões de cabeças, crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado e 2,9% na comparação com o trimestre anterior.
Esse aumento acontece segundo o pesquisador, pelo fato da proteína suína entrar no consumo dos brasileiros na oferta de cortes e embutidos de preparo prático e também, em geral, por ser mais barata que a carne de bovinos.
As exportações também tiveram um novo recorde. Apesar da retração por parte da China, principal destino da carne exportada, outros países, como as Filipinas, o Vietnã e o México, têm importado esse tipo de proteína do Brasil.
O peso das carcaças de suínos cresceu 2,5% no ano, chegando a 1,37 milhão de toneladas.
Abate de frangos
O número de frangos abatidos chegou a 1,58 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 3,2% no ano e de 1,4% no trimestre. Mesmo não sendo um recorde da série, o número é o maior para um terceiro trimestre.
Como é uma proteína com maior demanda, principalmente pelo valor mais acessível que as outras, no terceiro trimestre, as exportações também se mantiveram em alta, com o melhor resultado para o trimestre.
As carcaças de frango somaram 3,32 milhões de toneladas, crescendo 3,6% no mesmo período.
Produção de ovos
A produção de ovos brasileira chegou a 1,06 bilhão de dúzias no trimestre, recorde com crescimento de 2,3% no ano e de 1% no trimestre. Desde 2020, a produção vem se expandindo, porque é uma proteína acessível e considerada um alimento saudável. O Brasil consome 95% de toda a produção dentro do país.
Do volume total, cerca de 81,9% vão para alimentação e 18,1%, para a incubação, para reposição de frangos de corte e de aves poedeiras.
Produção de leite
No terceiro trimestre deste ano, foram adquiridos 6,23 bilhões de litros de leite cru pelos laticínios/estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária. O volume significa alta de 1,3% frente ao mesmo trimestre do ano passado e de 8,6% em relação ao trimestre anterior.
Segundo a Estatística Experimental do Preço do leite cru pago ao produtor, também divulgada na quinta-feira (7) pelo IBGE, esse preço médio caiu 24,7% no ano e 14,4% no trimestre. Os pesquisadores observaram uma tendência de queda no trimestre, com os valores médios de R$ 2,45 em julho e R$ 2,19 em setembro.