O custo de produção de leite registrou queda de 1,67% em junho com relação a maio deste ano na média Brasil, que considera os estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. É o quarto mês consecutivo de retração nos custos ao pecuarista, o que tem tornado a atividade um pouco mais lucrativa.
O recuo no Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade foi motivado pelas desvalorizações dos concentrados, dos adubos e corretivos, segundo dados do Boletim do Leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Custo da produção de leite
Os concentrados, que têm participação substancial nos custos da pecuária de leite, tiveram baixa de 2,96% em relação aos valores em maio, com quedas mais intensas em Goiás, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
As reduções aconteceram principalmente pelas desvalorizações do milho. Mesmo com o grão valorizado no mercado internacional na segunda semana de junho, os preços voltaram a cair no restante do mês, pressionados pelo avanço da colheita da segunda safra.
Os adubos e corretivos também contribuíram para a redução de custos, registrando baixa de 2,43% durante o mês de junho, muito por conta da desvalorização dos fertilizantes no mercado internacional e dos elevados estoques nacionais, sobretudo de produtos de potássio.
Já os preços dos medicamentos apresentaram em junho, quedas dos antimastíticos (-2,37%), mas alta nos preços das demais categorias, como antibióticos, cujo aumento foi de 1,07%.
As categorias que registraram altas, limitaram a queda dos custos, dentre elas, a mão de obra, uma parcela significativa dos custos de produção. A variação no mês de junho para esse item do custo foi de 0,98% na média Brasil, influenciada por reajustes salariais no estado de São Paulo.
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Relação de troca na compra de insumos
As reduções nas cotações do milho favoreceram a relação de troca ao produtor pelo quinto mês seguido, apesar da queda no preço do leite em maio. Naquele mês, foram necessários 21,4 litros de leite para a compra de uma saca de 60 kg de milho, melhora de 17,4% em relação a abril e de 34,5% frente a maio de 2022.
A relação de troca registrada em maio de 2023 é a mais favorável ao pecuarista nos últimos 12 meses.
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