A bovinocultura de corte goiana obteve aprovação para captar R$ 47,3 milhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Rural).
A quantia foi concedida para atender a 35 cartas-consulta do setor que foram aprovadas pela Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE/FCO).
Investimentos na bovinocultura de corte goiana
As propostas abrangem investimentos em matrizes e reprodutores, máquinas, pastagens e outros itens, resultando na criação de 47 empregos distribuídos diretamente por 26 municípios goianos.
Na 394ª reunião da Câmara Deliberativa, um total de 61 cartas-consulta foram deferidas para o FCO Rural. Além da bovinocultura de corte, outros setores beneficiados incluem a produção de grãos, como soja e milho, cana-de-açúcar e a bovinocultura de leite.
O montante aprovado superou a marca de R$ 81,3 milhões. A maior parte dessa parcela de recursos foi destinada aos estabelecimentos de mini/micro e pequeno porte, representando 51,6% do total, enquanto os estabelecimentos de pequeno-médio porte ficaram com a segunda maior fatia, correspondendo a 32,8%. Os estabelecimentos de médio porte receberam 15,6% do financiamento.

Nesta rodada de avaliação de projetos, as 61 cartas-consulta aprovadas para a linha de Desenvolvimento Rural do FCO preveem a criação de 83 empregos diretos distribuídos por 39 municípios goianos.
Goiatuba lidera a lista dos municípios que deveriam receber os maiores investimentos, e entre os dez primeiros da lista estão também Jataí, Novo Brasil, Jussara, Rio Verde, Porangatu, Bom Jardim de Goiás, Vianópolis, Porteirão e Santa Fé de Goiás.
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De acordo com a superintendente de Produção Rural da Seapa, Patrícia Honorato, os recursos movimentam a economia dos municípios e promovem a criação de empregos.
“Estes investimentos são importantes porque possibilitam a modernização do agronegócio goiano e o ganho de produtividade. A maioria dos recursos vem sendo destinada aos produtores de pequeno porte, inclusive com a redução do tíquete médio. Isso permite que mais produtores sejam beneficiados, além de impactar justamente aqueles que mais precisam da mão do Estado”.

FCO
Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, através do financiamento de atividades produtivas na região.
O FCO é composto por duas modalidades principais, o FCO Empresarial e o FCO Rural. Esses fundos recebem recursos de diferentes fontes, incluindo alíquotas de 0,6% do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como dos retornos dos financiamentos concedidos anteriormente.
Quanto aos beneficiários, o FCO está disponível para produtores rurais, empresas, pessoas físicas, pessoas jurídicas e cooperativas de produção que desejam acessar recursos para investir em seus projetos e contribuir para o crescimento econômico da região do Centro-Oeste.